São Paulo, quinta-feira, 09 de abril de 2009
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Quando ocorre na infância

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O bruxismo atinge entre 14% e 20% das crianças até 11 anos de idade, mas é mais grave durante a troca de dentição, entre os cinco e os nove anos.
Na infância, o diagnóstico multifatorial é fundamental, pois a disfunção está na maioria dos casos associada a outra doença do sono mais grave. "O bruxismo infantil é o sintoma mais significativo de outros distúrbios", afirma a ortopedista funcional-maxilar Débora Lentini-Oliveira. Ao tratar a doença do sono primária, o bruxismo infantil tende a desaparecer.
Foi o que descobriu o oficial de justiça Charles de Agostini, 44, ao levar o filho, Rafael, então com três anos, ao dentista para tratar o bruxismo. "Quando falei que ele fazia muito barulho ao dormir e tinha o sono pesado desde os seis meses, fomos encaminhados ao neurologista e descobrimos que ele tinha adenóide aumentada", diz. Rafael foi operado e agora, aos seis anos, o bruxismo praticamente desapareceu.
O caminho do tratamento de Rafael é o ideal, segundo Lentini-Oliveira, pois o uso de placas oclusais interfere no crescimento facial infantil e é desaconselhado.
O mais indicado em casos de bruxismo infantil é a colocação de resinas sobre o dente. A função da resina é a mesma das placas: evitar o desgaste dos dentes sem impedir o seu desenvolvimento. Já o desajuste oclusal é evitado com o uso de aparelhos ortopédicos-funcionais feitos de acrílico e fios de aço. (FG)


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