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Quando ocorre na infância
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O bruxismo atinge entre
14% e 20% das crianças até 11
anos de idade, mas é mais
grave durante a troca de dentição, entre os cinco e os nove anos.
Na infância, o diagnóstico
multifatorial é fundamental,
pois a disfunção está na
maioria dos casos associada
a outra doença do sono mais
grave. "O bruxismo infantil é
o sintoma mais significativo
de outros distúrbios", afirma
a ortopedista funcional-maxilar Débora Lentini-Oliveira. Ao tratar a doença do sono primária, o bruxismo infantil tende a desaparecer.
Foi o que descobriu o oficial de justiça Charles de
Agostini, 44, ao levar o filho,
Rafael, então com três anos,
ao dentista para tratar o bruxismo. "Quando falei que ele
fazia muito barulho ao dormir e tinha o sono pesado
desde os seis meses, fomos
encaminhados ao neurologista e descobrimos que ele
tinha adenóide aumentada",
diz. Rafael foi operado e agora, aos seis anos, o bruxismo
praticamente desapareceu.
O caminho do tratamento
de Rafael é o ideal, segundo
Lentini-Oliveira, pois o uso
de placas oclusais interfere
no crescimento facial infantil e é desaconselhado.
O mais indicado em casos
de bruxismo infantil é a colocação de resinas sobre o dente. A função da resina é a
mesma das placas: evitar o
desgaste dos dentes sem impedir o seu desenvolvimento. Já o desajuste oclusal é
evitado com o uso de aparelhos ortopédicos-funcionais
feitos de acrílico e fios de
aço.
(FG)
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