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São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2003
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Separação dá dor de estômago

A escultora Carina Edenburg, 37, nunca esquece: ela tinha nove anos de idade quando o pai, que sempre viajava, decidiu levar a mãe junto com ele. Ficaram 30 dias ausentes. Na metade da viagem, a garota foi parar na mesa de cirurgia devido a uma peritonite aguda. Quando os pais voltaram, ela apresentou reincidência.
"Tenho certeza de que tive a peritonite porque fiquei abalada com a ausência da minha mãe e que tive a reincidência para mostrar aos meus pais o quanto eu tinha sofrido na falta deles", conta ela.
Há cerca de três anos, Edenburg deparou-se com outro episódio de somatização, também motivado pela ausência de um ente querido, o marido. Mas, dessa vez, viveu o drama junto com os filhos: Nicholas, 11, e Stephanie, 9.
Logo após a separação do marido, Edenburg começou a ter crises graves de insônia, que a obrigaram a consumir ansiolítico, e também passou a presenciar a filha rolar no chão com crises de dor de cabeça e a ouvir o filho reclamar de dor de estômago. A garota uma vez desmaiou de tanta dor. "Fizemos todos os exames possíveis. Clinicamente, nenhum tinha nada. Creio que foi a terapia artística que nos ajudou a melhorar", diz ela.


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