São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2004
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Reações alérgicas
"Fiz teste de contato e foi detectada alergia a parabenos. Minha reação alérgica é muito forte. Devo consultar um alergologista ou um dermatologista? Que tipo de produto devo evitar?"
T. A. P., São Paulo, SP

Os parabenos estão presentes em diversos tipos de produto, entre os quais cosméticos, conservantes alimentícios, soluções antimicrobianas e de limpeza e até armações de óculos, diz a alergologista Isaura Barreiro Rodrigues, da Beneficência Portuguesa (SP). Como essa lista é bastante extensa, é difícil para o paciente evitar o contato com as substâncias que lhe provocam reações alérgicas. Por isso é fundamental passar por uma avaliação detalhada, que pode ser feita tanto por um especialista em alergia como por um dermatologista, orienta a médica. Somente a partir dessa análise será possível indicar o tratamento e as medidas preventivas mais adequadas.

Ardor na boca
"Há dois anos, sofro de SAB (síndrome de ardência bucal) e venho sendo tratada com remédios para depressão, infelizmente sem melhora nenhuma. Será que a medicina já descobriu algo novo sobre o assunto?"
M. L. P., São Paulo, SP

"Infelizmente, ainda não foi estabelecido um tratamento para a cura da síndrome de ardência bucal", afirma Fernando Walder, responsável pelo Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do hospital São Luiz (SP). A principal característica da SAB é dor e "queimação" na mucosa oral, que não apresenta nenhuma lesão. Segundo Walder, há estudos que sugerem que há várias causas possíveis para essa síndrome, entre as quais fatores locais (como diminuição da saliva e próteses ásperas), doenças crônicas e distúrbios psicológicos, como estresse e depressão. Por isso é recomendável que o paciente com SAB seja avaliado, tratado e acompanhado por uma equipe multidisciplinar.

Cabelos em queda
"Tenho 57 anos e apresento queda de cabelo há mais de um ano. Procurei especialistas, entre os quais um dermatologista, um endocrinologista e um psiquiatra (devido à suspeita de estresse), mas não tive solução."
Tania G., São Paulo, SP

O cabelo pode cair por vários motivos, como alterações de tireóide, dietas muito rígidas e medicamentos. Por isso é importante fazer uma avaliação completa, que inclua verificação de anemia (baixos níveis de ferro ou ferritina) e de taxas de estrógeno, pois a menopausa também pode provocar perda de cabelo, afirma a dermatologista Denise Steiner, do Colégio Ibero-Americano de Dermatologia. "É preciso analisar também se, além de cair, o cabelo está ficando mais fino, pois isso é sinal de calvície." O tratamento depende das causas. Se o paciente está anêmico, por exemplo, é necessário repor ferro e vitaminas. Há ainda medicações específicas, como o 17-alfa-estradiol.


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