São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 2000 |
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"Primo" do DIU dificulta a passagem dos espermatozóides tornando o muco cervical espesso; método libera progesterona Novo contraceptivo libera hormônio no útero DA REPORTAGEM LOCAL
A parentemente o Mirena lembra muito o DIU (dispositivo intra-uterino), já conhecido no mercado, mas a grande diferença é que o novo método libera o hormônio
levonorgestrel (espécie de progesterona sintética) em doses pequenas diretamente na
cavidade uterina. Por isso é mais eficaz do que o tradicional DIU, que emite cobre. "A liberação do hormônio é de cinco a sete vezes mais baixa que a quantidade de levonorgestrel que existe nas pílulas anticoncepcionais", afirma Carlos Petta, professor de ginecologia da Unicamp, que testou o novo método em 30 pacientes.
O fato de o contraceptivo não conter estrógeno facilita
a vida das mulheres que não toleram o hormônio. De
acordo com Petta, o novo método pode ser usado por
cinco anos consecutivos.
Tornar o muco cervical mais espesso, dificultando a
passagem dos espermatozóides, inibir o crescimento do
endométrio (camada de revestimento interno do útero)
e fazer com que o sangramento menstrual seja mais curto e menos intenso são alguns dos efeitos do Mirena.
"Muitas mulheres sofrem com anemia por causa do
sangramento em excesso. Em alguns casos, a retirada do
útero era inevitável. Com ação do Mirena, o sangramento diminuiu", afirma Petta.
Depois de um mês da retirada do contraceptivo, a mulher pode engravidar. O método já é utilizado há mais de
dez anos na Europa e será comercializado no país no final deste mês. |
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