São Paulo, quinta-feira, 11 de janeiro de 2007
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Paciente participa de estudo na USP

Julia Moraes/Folha Imagem
Benício Gomes, que integra uma pesquisa sobre a EMTr para portadores de TOC


DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mudança de layout no ambiente de trabalho desencadeou fortes incômodos no securitário Benício Gomes, 42. "Passei a me preocupar com a simetria, a contar e a recontar tudo."
Uma médica suspeitou de estafa e receitou energéticos, mas os sintomas só pioraram. "Comecei a perder tempo. Gastava uma hora e meia refazendo um cálculo que podia ser finalizado em minutos." O diagnóstico correto só veio há seis anos: TOC (transtorno obsessivo-compulsivo).
Afastado do trabalho há mais de três anos, ele já travou várias batalhas contra a doença. Usou medicamentos antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos e estabilizadores de humor, mas nada trouxe alívio.
"Transportei os rituais do trabalho para casa. Já quebrei a fechadura de tanto checar se a porta estava trancada. Abro o capô do carro e verifico todas as mangueiras. Rezo compulsivamente pela segurança da minha filha", relata.
Há três dias, ele fez sua primeira avaliação depois de começar a fazer parte de uma pesquisa conduzida no Hospital das Clínicas da USP. O objetivo do estudo é testar a eficácia da estimulação magnética transcraniana em portadores desse transtorno que não respondem a medicações.
Os resultados do tratamento ainda não são evidentes para Gomes, mas ele seguirá fazendo as sessões. "Qualquer retorno que me devolva o bem-estar será válido. Quero melhorar o convívio com a minha família, retomar minhas atividades normais e voltar a trabalhar."


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