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DIA-A-DIA / EM CASA
Álcool de uso doméstico oferece riscos e deve ser substituído, diz Pro Teste
O Brasil lidera o ranking de
vítimas de queimaduras decorrentes do uso do álcool em ambientes domésticos. Diferentemente do que ocorre em certos
países, nos quais é vendido somente em drogarias ou em embalagens pequenas, aqui o produto pode ser facilmente adquirido em qualquer mercado.
A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) avaliou 18 marcas, nas versões líquido e gel, e constatou
que todas são perigosas. "O teste comprovou que o risco aumenta na mesma medida que a
gradação do álcool e existe nas
duas formas", afirma Maria
Inês Dolci, coordenadora do
Pro Teste e colunista da Folha.
"Trata-se de um produto muito
perigoso, muito inflamável,
vendido em embalagens sem
travas e que podem facilmente
ser abertas por crianças, as
maiores vítimas de acidentes."
Segundo ela, o problema é
cultural. "Brasileiro adora
acender churrasqueira e lareira
com álcool", diz. De acordo
com informações do Datasus
(Banco de Dados do Ministério
da Saúde), 3.348 crianças foram hospitalizadas em 2006 vítimas de queimaduras por exposição ao fogo, fumaça e chamas. Desse total, 33% dos casos
estavam relacionados a queimaduras com substâncias inflamáveis, o que inclui o álcool
-cerca de três crianças hospitalizadas a cada dia.
Maria Inês Dolci sugere que
o álcool 92.8 INPM de uso doméstico seja substituído por
produtos de limpeza e de queima que não ofereçam riscos.
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