São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
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DIA-A-DIA / EM CASA

Álcool de uso doméstico oferece riscos e deve ser substituído, diz Pro Teste

O Brasil lidera o ranking de vítimas de queimaduras decorrentes do uso do álcool em ambientes domésticos. Diferentemente do que ocorre em certos países, nos quais é vendido somente em drogarias ou em embalagens pequenas, aqui o produto pode ser facilmente adquirido em qualquer mercado.
A Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) avaliou 18 marcas, nas versões líquido e gel, e constatou que todas são perigosas. "O teste comprovou que o risco aumenta na mesma medida que a gradação do álcool e existe nas duas formas", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora do Pro Teste e colunista da Folha. "Trata-se de um produto muito perigoso, muito inflamável, vendido em embalagens sem travas e que podem facilmente ser abertas por crianças, as maiores vítimas de acidentes."
Segundo ela, o problema é cultural. "Brasileiro adora acender churrasqueira e lareira com álcool", diz. De acordo com informações do Datasus (Banco de Dados do Ministério da Saúde), 3.348 crianças foram hospitalizadas em 2006 vítimas de queimaduras por exposição ao fogo, fumaça e chamas. Desse total, 33% dos casos estavam relacionados a queimaduras com substâncias inflamáveis, o que inclui o álcool -cerca de três crianças hospitalizadas a cada dia.
Maria Inês Dolci sugere que o álcool 92.8 INPM de uso doméstico seja substituído por produtos de limpeza e de queima que não ofereçam riscos.


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