São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2004
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

pergunte aqui

Toxina botulínica
"Tenho blefaroespasmos no lado esquerdo da face. Faço tratamento com toxina botulínica há oito anos, com aplicações quadrimestrais. É um medicamento eficaz, porém paliativo. Outro inconveniente é que, com o uso prolongado, é notável a diferença entre os dois lados da face, já que a substância corrige também rugas de expressão. Conseqüentemente, o outro lado da face fica prejudicado. Gostaria de saber se existe outro medicamento novo para definitiva cura dessa distonia."
Ida Freitas, São Paulo, SP

De acordo com Wilson Yoshito Matsunaga, cirurgião maxilo-facial do Hospital 9 de Julho, o tratamento ainda é o uso de toxina botulínica, não havendo nenhuma técnica nova, cirúrgica ou medicamentosa. "Referente à presença de rugas do lado oposto, recomendo uma melhor avaliação para indicar a possibilidade de uso da toxina botulínica."

Polivitamínicos
"Qualquer pessoa pode ingerir complexos politivitamínicos e/ou poliminerais ou somente quem está com algum grau de desnutrição? Quais benefícios esses produtos trazem à saúde de quem os utiliza todos os dias?"
Sergio Coutinho, Belo Horizonte, MG

"Não é qualquer um que pode tomar complexos polivitamínicos", diz o endocrinologista Fadlo Fraige Filho, do hospital Beneficência Portuguesa (SP). Normalmente, uma pessoa saudável já ingere todas as vitaminas, proteínas, lipídios, glicídios e sais minerais necessários ao organismo quando se alimenta corretamente. Portanto não precisa e não deve tomar tais complexos. Eles servem como suplementação alimentar para pessoas doentes. Por exemplo, no caso de uma infecção, o organismo consome determinados tipos de sal mineral e vitamina, então, muitas vezes o médico usa os polivitamínicos para repor esses componentes e auxiliar no tratamento da doença. "Em outros casos, os complexos vêm acompanhados por oligoelementos, que agem como antioxidantes e ajudam no tratamento de pacientes com arteriosclerose ou mesmo na prevenção das complicações de diabetes."

Onicofagia
"Tenho 21 anos e rôo unhas desde pequeno. Fiquei sabendo de uma mulher que está com câncer por roer e engolir unhas durante sua vida. Isso é possível?"
Renato Sordi, Maringá, PR

A onicofagia (hábito de roer e comer as unhas) não tem relação com câncer de nenhuma espécie, explica Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética. "Mas é importante lembrar que a unha tem uma digestão difícil e que, se você tem esse hábito há muito tempo, o seu apêndice pode estar comprometido."

Doença de Grover
"Tenho 24 anos e gostaria de saber mais sobre a doença de Grover, da qual sou portadora."
L. R., São Paulo, SP

A doença de Grover ou dermatite acantelítica transitória é pouco conhecida pelo médicos, que não sabem explicar a sua origem, diz o dermatologista Murilo Drummond, da Academia Americana de Dermatologia. Na maioria das vezes, surgem inúmeros e pequenos caroços na pele e, em alguns casos, bolhas diminutas, tudo isso acompanhado de coceira. Apesar de surgirem preferencialmente no tórax, às vezes também acometem braços e pernas e não é rara a sua regressão espontânea em alguns meses, sem tratamento. "O papel do dermatologista é, após firmar o diagnóstico, escolher o melhor tratamento, de acordo com a intensidade da doença: cremes à base de corticóides e, nos casos mais sérios, medicação oral, como anti-histamínicos, corticóides ou até acitretina -medicação controlada e somente vendida com acompanhamento médico rigoroso."


Texto Anterior: Quem é ele
Próximo Texto: Poucas e boas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.