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Expectativa de vida está ligada a serviços de saúde
É difícil explicar o caso de
Vilcabamba, já que, na maioria
dos países, o aumento da expectativa de vida está relacionado com a melhoria da qualidade de vida, dos serviços de
saúde pública e do saneamento
básico, argumenta Naira Lemos, presidente do departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria
e Gerontologia em São Paulo.
Naira cita o caso do Brasil,
onde hoje há cerca de 25 mil
centenários registrados. Um
número subestimado, segundo
ela, já que muitos não usam o
serviço público de saúde ou não
têm documentos que comprovem sua idade.
No Brasil, as pessoas com
mais de cem anos estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste. "Aqui, a longevidade está
relacionada às condições sócio-econômicas e à qualidade de vida", afirma.
Por isso, ela acredita que a
causa para os anos a mais dos
vilcabambenses poderia ser,
por exemplo, genética. "Se o
meio não favorece, é possível
que a explicação seja intrínseca, e não extrínseca, à própria
população."
Naira, no entanto, é reticente
quanto às teorias de que se poderá em breve atuar sobre causas de ordem molecular que
provocariam o envelhecimento. "Esse tipo de teoria, como a
da atuação sobre os radicais livres, é pouco discutida na geriatria brasileira, já que não há
evidência científica sobre a sua
eficácia."
(AK)
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