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Povoados no Oriente têm concentração de centenários
Vilcabamba é conhecida como a cidade com maior concentração de centenários do Ocidente. Mas, do outro lado do
mundo, há povoados que partilham essa mesma condição.
Em Hunza, no norte do Paquistão, a longevidade é atribuída ao consumo de damascos, que abundam na região. Os
damascos são usados de todas
as maneiras, como azeite, geléia, fresco ou seco.
A Abkházia, província separatista da Geórgia, na região da
ex-URSS, que recentemente
esteve na berlinda devido a um
conflito regional, também é conhecida pela idade de seus cidadãos. Um deles, Shirali Muslimov, teria chegado aos 168, dizem, graças ao iogurte que os
habitantes do lugar costumam
consumir diariamente.
Já o povo de Ogimi, um povoado na ilha japonesa de Okinawa, põe no prato a goya, uma
verdura amarga que teria poderes curativos.
Os moradores de Ogimi, conta o médico e escritor Ricardo
Coler, que também esteve por
lá, "são alunos excelentes na
hora de cumprir conselhos médicos", conhecem a medicina
preventiva, fazem exercícios e
praticam o budismo. "São o
oposto de Vilcabamba", diz o
médico, mas vivem menos que
no povoado equatoriano.
Os outros povos centenários
não cultivam muitos hábitos
recomendáveis. Em Hunza,
Abkházia e Vilcabamba são os
homens que vivem mais e gostam de se gabar de suas proezas
sexuais com mulheres mais novas. Os três lugares ficam a
mais de 1.500 metros de altura.
Já Ogimi está ao nível do mar.
O que os quatro locais têm
em comum é a grande distância
dos centros urbanos, o fato de
que seus idosos não se aposentam e a comida escassa.
"Hoje, há apenas uma coisa
que comprovadamente garante
que se viva mais: comer menos", afirma Ricardo Coler.
"Não comer menos do que se
come, mas comer 30% menos
do que deveria. Os longevos são
sempre gente pequenina e magrinha."
(AK)
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