São Paulo, quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
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TECNOLOGIA

Balanço de 2008

Novidades previstas para o ano passado supreenderam e frustraram especialistas; alguns lançamentos foram adiados

DA REPORTAGEM LOCAL

O início do ano é propício para fazer planos, mas também para avaliar que propostas se concretizaram no ano anterior.
O Equilíbrio retomou as informações divulgadas sobre as principais novidades previstas para 2008 (ed. de 3/1/ 2008).
O adesivo de rivastigmina, para tratar doença de Alzheimer, chegou no primeiro semestre. "Foi um crescimento importante de tolerância. Pelo mecanismo de absorção do adesivo, houve queda de um terço dos efeitos colaterais e foi possível atingir doses mais eficazes para o tratamento", diz Ivan Okamoto, diretor científico da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).
Na oncologia, havia uma grande expectativa quanto à avaliação genética de tumores na identificação do melhor tratamento para câncer de mama.
De acordo com o mastologista Alfredo Barros, coordenador do núcleo de mastologia do Hospital Sírio-Libanês, o Mammaprint e o Oncotype Dx -e sua versão brasileira, chamada de Mamagene- são eficazes em perfis muito específicos.
"Não causaram impacto grande, porque o perfil é muito limitado. Mas é um avanço importante que pode ser extrapolado para outras áreas; será possível no futuro definir as drogas da quimioterapia", diz.
Os biofiltros -compostos que aumentam a resistência da pele contra os efeitos do sol- também não empolgaram muito. "Eles realmente têm uma ação benéfica, mas não é o que se prometeu. A expectativa era maior e vejo pouca gente receitando. É a questão do custo-benefício", afirma o dermatologista Jayme Oliveira Filho, professor da Unisa (Universidade Santo Amaro).
Em outros casos, os avanços já estão prestes a ser superados. É o caso das novas lentes intraoculares para catarata, como as multifocais, que corrigem a visão para perto e para longe. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, essas lentes estão disponíveis atualmente em uma escala de 0,5 grau. Neste ano, devem chegar opções em uma escala de 0,25 grau, o que permite um tratamento mais preciso.
Permanece a expectativa em relação aos primeiros testes clínicos com a polipílula, que reúne aspirina, dois medicamentos para hipertensão e um para colesterol. O natalizumab, remédio contra esclerose múltipla, não chegou, assim como o antidepressivo agomelatina.
A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) informou que o simulador para cirurgias oftalmológicas não chegou -e deve atrasar mais por causa da crise financeira. (AL e JS)


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