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TECNOLOGIA
Balanço de 2008
Novidades previstas para o ano passado supreenderam e frustraram especialistas; alguns
lançamentos foram adiados
DA REPORTAGEM LOCAL
O início do ano é propício para fazer planos, mas também
para avaliar que propostas se
concretizaram no ano anterior.
O Equilíbrio retomou as informações divulgadas sobre as
principais novidades previstas
para 2008 (ed. de 3/1/ 2008).
O adesivo de rivastigmina,
para tratar doença de Alzheimer, chegou no primeiro semestre. "Foi um crescimento
importante de tolerância. Pelo
mecanismo de absorção do
adesivo, houve queda de um
terço dos efeitos colaterais e foi
possível atingir doses mais eficazes para o tratamento", diz
Ivan Okamoto, diretor científico da Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).
Na oncologia, havia uma
grande expectativa quanto à
avaliação genética de tumores
na identificação do melhor tratamento para câncer de mama.
De acordo com o mastologista
Alfredo Barros, coordenador
do núcleo de mastologia do
Hospital Sírio-Libanês, o Mammaprint e o Oncotype Dx -e
sua versão brasileira, chamada
de Mamagene- são eficazes
em perfis muito específicos.
"Não causaram impacto grande, porque o perfil é muito limitado. Mas é um avanço importante que pode ser extrapolado para outras áreas; será
possível no futuro definir as
drogas da quimioterapia", diz.
Os biofiltros -compostos
que aumentam a resistência da
pele contra os efeitos do sol-
também não empolgaram muito. "Eles realmente têm uma
ação benéfica, mas não é o que
se prometeu. A expectativa era
maior e vejo pouca gente receitando. É a questão do custo-benefício", afirma o dermatologista Jayme Oliveira Filho,
professor da Unisa (Universidade Santo Amaro).
Em outros casos, os avanços
já estão prestes a ser superados. É o caso das novas lentes
intraoculares para catarata, como as multifocais, que corrigem a visão para perto e para
longe. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do
Instituto Penido Burnier, essas
lentes estão disponíveis atualmente em uma escala de 0,5
grau. Neste ano, devem chegar
opções em uma escala de 0,25
grau, o que permite um tratamento mais preciso.
Permanece a expectativa em
relação aos primeiros testes
clínicos com a polipílula, que
reúne aspirina, dois medicamentos para hipertensão e um
para colesterol. O natalizumab,
remédio contra esclerose múltipla, não chegou, assim como o
antidepressivo agomelatina.
A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) informou
que o simulador para cirurgias
oftalmológicas não chegou -e
deve atrasar mais por causa da
crise financeira.
(AL e JS)
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