São Paulo, quinta-feira, 15 de maio de 2008
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Especialistas evitam pedir que paciente pare de tocar

Segundo Yumi Kaneko, do Sesi, um erro dos profissionais de saúde que atendem músicos é pedi-los que parem de tocar. Ela diz que a dor pode até diminuir se o instrumentista parar, mas, quando ele voltar a tocar, a falta de condicionamento fará com que a dor volte e até piore. "O melhor tratamento é o que é viável", diz.
João Gabriel Fonseca, da UFMG, chama a atenção para o fato de muitos médicos ainda desconhecerem os problemas ocupacionais dos músicos.
Quando a avaliação é feita por um especialista em saúde do músico, geralmente o paciente é convidado a tocar no consultório. "Detectamos posturas viciosas e tentamos interferir sem modificar a técnica", explica Ronise Lima, do Exerser.
Apesar de não ser voltado só para músicos, um método muito usado na reabilitação desse grupo é a técnica Alexander, criada há mais de cem anos pelo ator australiano Frederick Matthias Alexander. Segundo Patrícia Surst Santiago, especialista na técnica e professora da Faculdade de Música da UFMG, o método busca retirar hábitos ruins, como a projeção da bacia para a frente. É praticada com a ajuda de um profissional, que conduz, com as mãos, o corpo do paciente.
Como há poucos especialistas na técnica Alexander no país, ela recomenda também a prática de ioga e tai chi chuan para a educação postural. No centro de reabilitação do Sesi-SP, são utilizados RPG (reeducação postural global) e pilates.


NA INTERNET
www.folha.com.br

Ouça dicas sobre voz para cantores em podcast da Folha Online



Texto Anterior: Fora de compasso
Próximo Texto: Poucas e boas: Alerta a paciente renal
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.