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INGREDIENTE
Cúrcuma é ingrediente essencial ao curry em pó
RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nativo da Índia, o cúrcuma é um dos principais componentes
do curry em pó, condimento preparado fresco no
sul daquele país e conhecido no
resto do globo em sua versão
industrializada. Chamado também de açafrão-de-raiz ou gengibre dourado, pode ser usado
em saladas, ensopados, sopas,
molhos, peixe e arroz.
Obtido dos rizomas da Curcuma longa, é vendido seco ou
em pó. Marco Polo, ao encontrá-lo na China em 1280, descreveu-o como um "vegetal que
tem todas as propriedades do
verdadeiro açafrão, assim como o aroma e a cor". Embora
tenha sido preciso quanto à
cor, o mesmo não se pode dizer
do aroma e do sabor. Ainda assim, é usado como um substituto mais barato do açafrão.
Segundo a medicina ayurvédica (tradicional indiana), é
bom para doenças do estômago, curar ferimentos e "limpar
o sangue", sendo usado atualmente, na Índia, como remédio
caseiro para torceduras e inchaços. No Ocidente, é considerado um importante alimento funcional. "É um dos melhores antioxidantes que existe,
por ser riquíssimo em flavonoides", afirma a nutricionista Daniela Jobst, membro do Centro
Brasileiro de Nutrição Funcional e do Instituto de Medicina
Funcional dos EUA. "A curcumina é anti-inflamatória e antimutagênica, enquanto o curcumenol melhora a imunidade", completa.
Segundo o especialista em
nutrição Joe Schwarcz, autor
de "Uma Maçã por Dia" (ed.
Jorge Zahar, 310 págs., R$
25,90), os efeitos da planta não
foram suficientemente estudados a ponto de haver uma recomendação sobre o consumo de
quantias específicas, "mas adicionar pratos vegetarianos
condimentados com açafrão-da-Índia à dieta é uma boa
ideia", principalmente com algumas pitadas de pimenta, que
potencializa sua absorção.
Isso porque a maior parte
dos benefícios atribuídos à curcumina, como as propriedades
de combater artrite, diversos
tipos de câncer -como os de
próstata, mama e cólon- e mal
de Alzheimer, têm origem em
estudos realizados com roedores, não com seres humanos.
O autor canadense adverte,
no entanto, que é preciso cuidado ao comer, porque o condimento é também um corante e,
como tal, mancha tecidos.
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