São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004
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Como combater olheiras
"O que leva as pessoas a terem olheiras? Eu tenho e são muito escuras. Na minha família só eu tenho. Já usei chá de camomila, pepino e pasta d'água. Existe tratamento? Qual o especialista que devo procurar?"
Vanessa de Lima, via e-mail

As olheiras são um escurecimento de cor marrom-arroxeado abaixo dos olhos. Em algumas pessoas aparecem de forma mais freqüente mas, em outras, apenas após uma noite de insônia ou momento de tensão. "Elas são formadas pelo acúmulo de pigmentos nessa região, normalmente associado a alterações dos vasos sangüíneos desse local. As olheiras têm como causa fatores genéticos e hormonais e é mais comum em mulheres, principalmente nas morenas", explica a dermatologista Áurea Lopes, especialista em medicina estética . Segundo ela, há vários tipos de tratamento, como o uso de clareadores à base de ácidos, peelings e lasers. Compressas calmantes e geladas também são indicadas, porém apenas amenizam o problema. "Em alguns casos, se houver inchaço, indicamos até drenagem linfática", diz Lopes. As olheiras podem também aparecer ou se agravarem após cirurgia plástica de pálpebras e de nariz, e devem ser tratadas por um dermatologista.

Perda de cabelo
"Há uns quatro anos, meu marido está perdendo cabelo na frente da cabeça, deixando o couro cabeludo fino e liso. Isso começa com uma mancha vermelha que, ao desaparecer, ocorre a queda de cabelo. Após consultas, o diagnóstico foi de pseudopelada de Brocq, sem resultado com tratamento. Há cura? É contagiosa?"
M.G.F.T., Ribeirão Preto, SP

A pseudopelada de Brocq é um tipo de alopecia cicatricial (queda de cabelo localizada) de causa desconhecida, que progride lentamente sem evidência clínica de foliculite (pequenas bolhas avermelhadas na região dos pêlos e cabelos). As áreas de perda de cabelos, em geral, são irregulares, podendo haver múltiplos focos de pele lisa e brilhante no couro cabeludo, como explica a dermatologista Ana Maria Fagundes Sortino, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo. Doenças sistêmicas podem levar a uma alopecia cicatricial, sendo necessárias biópsias para auxiliar o diagnóstico. Algumas medicações tópicas e orais podem ser uma boa tentativa para o tratamento da pseudopelada, mas a evolução é lenta. "Após a estabilização do quadro, a remoção cirúrgica de pequenas áreas de alopecia cicatricial e o transplante de cabelos podem ser uma opção", finaliza a dermatologista.


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