São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004
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Aventura acessível

Em setembro de 2001, Adriana Braun acompanhava um amigo fotógrafo durante uma reportagem na reserva Canhambora, no Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira), entre os municípios de Iporanga e Apiaí (SP). O trabalho incluía a foto de uma cachoeira, que ficava em mata fechada, depois de caminhar em uma trilha por cerca de uma hora.
Adriana, que ficou paraplégica depois de um acidente de carro, decidiu enfrentar a própria limitação motora e arriscou o trajeto. "A trilha foi um sucesso. Quando vi a cachoeira de perto, desejei que outros tivessem a mesma oportunidade de fazer o que fiz", diz.
O resultado dessa experiência foi a criação da ONG Acessível, responsável pelo projeto Cadeirantes. "Comecei a pensar numa maneira de tornar os esportes de aventura mais acessíveis aos portadores de deficiências. O Cadeirantes também trabalha orientando às agências de viagem que incluam esse público", afirma Adriana Braun.
A ONG Aventura Especial também milita por essa causa. A entidade criou o conceito de "Esporte de Aventura Adaptado" e defende a importância da prática para aqueles "que já estão acostumados a superar limites em atividades simples do cotidiano", afirma Dada Moreira, um dos responsáveis pelo trabalho. "A prática desse tipo de esporte faz com que desenvolvam a auto-superação, o trabalho em equipe e a coragem."
"São nos procedimentos que antecedem a prática do esporte, como a existência de um banheiro adaptado, por exemplo, em que estão as maiores dificuldades. A dificuldade arquitetônica no ecoturismo é inerente à atividade", alerta Adriana.


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