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Aventura acessível
Em setembro de 2001,
Adriana Braun acompanhava um amigo fotógrafo durante uma reportagem na reserva Canhambora, no Petar
(Parque Estadual Turístico
do Alto Ribeira), entre os
municípios de Iporanga e
Apiaí (SP). O trabalho incluía a foto de uma cachoeira, que ficava em mata fechada, depois de caminhar
em uma trilha por cerca de
uma hora.
Adriana, que ficou paraplégica depois de um acidente de carro, decidiu enfrentar a própria limitação
motora e arriscou o trajeto.
"A trilha foi um sucesso.
Quando vi a cachoeira de
perto, desejei que outros tivessem a mesma oportunidade de fazer o que fiz", diz.
O resultado dessa experiência foi a criação da ONG
Acessível, responsável pelo
projeto Cadeirantes. "Comecei a pensar numa maneira de tornar os esportes
de aventura mais acessíveis
aos portadores de deficiências. O Cadeirantes também
trabalha orientando às agências de viagem que incluam
esse público", afirma Adriana Braun.
A ONG Aventura Especial
também milita por essa causa. A entidade criou o conceito de "Esporte de Aventura Adaptado" e defende a
importância da prática para
aqueles "que já estão acostumados a superar limites em
atividades simples do cotidiano", afirma Dada Moreira, um dos responsáveis pelo
trabalho. "A prática desse tipo de esporte faz com que
desenvolvam a auto-superação, o trabalho em equipe e a
coragem."
"São nos procedimentos
que antecedem a prática do
esporte, como a existência
de um banheiro adaptado,
por exemplo, em que estão
as maiores dificuldades. A
dificuldade arquitetônica no
ecoturismo é inerente à atividade", alerta Adriana.
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