São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006
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ISSO ENVELHECE?

10. Preocupação
Não.
A máxima popular de que preocupação dá rugas e cabelos brancos não tem fundamento científico, afirmam os especialistas. Para eles, não há relação direta entre excesso de preocupação e aparecimento precoce desses sinais: o branqueamento dos pelos está mais ligado à predisposição genética, e as rugas têm relação com a exposição solar e as expressões faciais. O que se sabe é que o estresse, de maneira geral, leva ao envelhecimento indireto

11. Predisposição genética
Sim.
A genética é um componente determinante na manifestação dos sinais do tempo, mas não é o único. Ela se soma a heranças ambientais, como o estilo de vida, a exposição solar e a dieta. Acredita-se que, no futuro, uma ciência batizada de nutrogenômica permitirá contornar a ação específica dos genes a partir da alimentação. Comeremos determinado alimento por recomendação médica para inibir a ação da herança genética

12. Sol
Sim.
O efeito envelhecedor da exposição solar inadequada é comprovado e reconhecido. Os raios solares promovem alterações tão sérias nas células da pele que, quando examinadas microscopicamente, chegam a apresentar aparência de 15 anos a mais que a idade real, e podem levar a estágios précancerosos. Vale lembrar, porém, que tomar sol é importante na prevenção de doenças como a osteoporose

13. Cigarro
Sim.
Além do risco cancerígeno, as diversas substâncias tóxicas presentes no cigarro têm forte efeito oxidante e aceleram o envelhecimento do organismo, degradando células e dificultando uma série de reações corriqueiras no corpo. Assim, embora se fale muito do aspecto envelhecido da pele dos fumantes, os especialistas alertam para o envelhecimento orgânico causado pelo cigarro, que é ainda mais perigoso

14. Dietas calóricas
Sim.
Essa é uma das informações mais bem-definidas pela ciência em relação ao envelhecimento até agora: dietas baseadas na restrição calórica de fato fazem com que os seres vivos envelheçam mais devagar. Descobertas recentes comprovam que o envelhecimento é um processo inflamatório microscópico de células, e que o consumo elevado e contínuo de calorias leva o organismo a produzir mais substâncias infamatórias naturais

15. Sedentarismo
Sim.
A partir dos 40 anos, quem não faz atividade física perde gradativamente a força muscular e a flexibilidade. Conseqüentemente, corre mais risco de desenvolver doenças como osteoporose e artrose. Mesmo para que foi sedentário durante toda a vida, nunca é tarde para começar. Os benefícios do exercício são perceptíveis: as articulações se tornam mais lubrificadas e ganha-se mais mobilidade nas tarefas cotidianas

Fontes: CLÁUDIA FERNANDES, professora de educação física, fisioterapeuta e coordenadora do programa de exercícios Melhor Idade, em São Paulo; NICOLE WITEK, consultora de ioga e professora do Espaço Respire Yoga, em São Paulo; MÔNICA AZULAY, professora de dermatologia e responsável pelo setor de dermatologia cosmética da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro); RICARDO SPILBORGHS, clínico-geral pela Escola Paulista de Medicina e especialista em geriatria; WILMAR ACCURSIO, endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Anti-Envelhecimento

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