A maioria dos cardíacos que procuram as academia (60%) faz exercícios por prevenção, para evitar crises. Os outros 40% são infartados, revascularizados e hipertensos que malham para apressar a recuperação. Em geral, os alunos da Fórmula-Fitcor são homens em torno de 55 anos, que perdem a paciência por pouco e tinham uma vida sedentária até descobrirem a doença. Muitos são obesos, fumantes ou hipertensos. Na Competition , empresários entre 50 e 60 anos constituem a maioria dos casos de atendimento especializado. Já no programa de condicionamento físico do Incor, os 350 alunos têm entre 45 e 68 anos; 55% são homens e 45%, mulheres. Todos de classe média e com nível superior. O funcionário público aposentado Acchiles Hirata, 68, faz parte do primeiro grupo de cardíacos do programa. Após desmaiar no serviço, foi levado ao Incor para fazer exames. Lá, foi convidado a fazer parte de um grupo de pesquisa que avaliaria os benefícios da atividade física para o coração. Hirata começou a fazer exercícios para prevenir problemas cardíacos e não parou mais. "Assim como você leva o carro para a revisão, tem de levar o coração. Só que é fácil trocar o motor, o músculo não", diz Hirata, que ouviu o conselho acima do cardiologista Adib Jatene e procura segui-lo à risca.


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