São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004
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poucas e boas

Deficiência de vitamina A prejudica diabéticos

CRISTINA FERREIRA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma dieta pobre em vitaminas afeta o organismo de qualquer pessoa. A deficiência de vitamina A, porém, pode ser ainda mais nociva para aqueles que sofrem de diabetes tipo 2, alerta a professora Andréa Ramalho, diretora Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela coordenou uma pesquisa com 120 diabéticos no hospital da universidade e constatou que essa deficiência é bastante comum entre eles.
O estudo foi utilizado como base para a tese de mestrado da nutricionista Cristiane Silva Domingos. "Das pessoas que participaram da pesquisa, 81% ingerem pouca vitamina A e 15% já sofrem as conseqüências disso", afirma Domingos.
A falta de vitamina A eleva o risco de infecções e pode alterar negativamente as taxas de colesterol -o "ruim" (LDL) aumenta e o "bom" (HDL) diminui. Além disso, segundo Ramalho, essa deficiência está associada ao desenvolvimento de aterosclerose, processo que leva à diminuição do calibre dos vasos sangüíneos.
No diabético, cuja saúde já está debilitada, isso se traduz em uma maior predisposição a problemas cardiovasculares, como infarto. "A produção de radicais livres no diabético está profundamente alterada, e o indivíduo precisa consumir quantidades adequadas de vitamina A, que é antioxidante, para controlar esse excedente", afirma Ramalho.
Na maioria dos casos, o diabetes tipo 2 é provocado pela resistência do organismo à insulina, substância necessária para metabolizar a glicose. O excesso de peso é freqüente entre os portadores da doença, mas isso não significa que eles estão bem alimentados, dizem as pesquisadoras. A chamada "fome oculta" -deficiência de determinados nutrientes- é constantemente detectada nesse grupo de pacientes. Por isso, orientam elas, é importante que o diabético esteja atento não apenas à glicemia (nível de glicose no sangue), como também à alimentação, que deve ser rica em leite, ovos e fígado, grandes fontes de vitamina A.

Cerca de 34% dos trabalhadores brasileiros são dependentes químicos, principalmente de álcool

Mentira na linha Estudo com 30 estudantes, realizado na Universidade Cornell (EUA), concluiu que o número de mentiras proferidas por e-mail é menor (14%) do que as ditas pessoalmente (27%) e por telefone (37%). Para os pesquisadores, isso ocorre porque a possibilidade de a mentira ser desmascarada é maior quando ela está registrada por escrito, como ocorre no correio eletrônico.

Corte o sal e siga a sede O Instituto de Medicina da Academia Nacional dos Estados Unidos divulgou novas orientações sobre o consumo de sal e água. A ingestão diária de sal deve ser limitada a 3,8 g. No caso da água, a organização não determina a quantidade e sugere que as pessoas bebam sempre que sentirem sede.

Cafeína estressante Uma paradinha para o café é benéfica para as mulheres, mas não para os homens. Pesquisadores da Universidade de Bristol (Reino Unido) constataram que, ao ingerir café durante uma tarefa difícil, os homens ficam ainda mais estressados. Já entre as mulheres, o efeito é o oposto: a cafeína faz com que elas se sintam mais relaxadas.

Exercício para o coração Após praticar exercícios por seis meses a um ano, pacientes com problemas cardiovasculares ou cardiopulmonares ampliaram sua capacidade de respiração, reduziram a gordura corporal e apresentaram resistência física semelhante à de indivíduos saudáveis. O resultado é de estudo do Hospital do Coração (SP), que acompanhou 75 pacientes por dois anos.

Vício em jogos O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), de São Paulo, está selecionando jogadores compulsivos de ambos os sexos e maiores de idade para participar de sessões de terapia e orientação. Os interessados devem ligar para 0/xx/11/3083-7816, deixar nome e telefone e aguardar o contato da equipe.


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