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Atletas sofrem mais
O exercício físico pode se
tornar um vilão quando se
trata de incontinência urinária. Se malconduzido, ele
pode sobrecarregar a musculatura do assoalho pélvico, o que aumenta a chance
de a mulher apresentar o
problema -a médio e a
longo prazo. Isso acontece
principalmente com quem
se exercita muito, como as
atletas profissionais.
"É impressionante a
quantidade de pessoas que
fazem exercícios errados",
afirma a fisioterapeuta Miriam Zanetti. Ela cita um estudo feito pela pesquisadora Ingrid Nygaard, da Universidade de Iowa (EUA),
que mostrou que até 38%
das mulheres que praticam
atletismo e 36% das que fazem exercícios aeróbicos
têm incontinência urinária.
"Atualmente, muitas mulheres freqüentam academias de ginástica. O trabalho mal acompanhado faz
com que a pessoa aumente
a força no abdômen, empurrando os órgãos para
baixo", diz a fisioterapeuta
Mirca Ocanhas, acrescentando que os profissionais
de educação física precisam
conhecer melhor a área ginecológica. Segundo Ocanhas, estatísticas européias
mostram que 55% das corredoras têm o problema.
A ginecologista Miriam
Waligora diz que a corrida
é o pior exercício nesse sentido. "É uma atividade na
qual há grande impacto das
vísceras sobre a pelve. Tem
que aprender a contrair o
períneo ao se exercitar."
Zanetti também diz que é
preciso associar as atividades da academia com exercícios perineais, que podem
ser indicados por um fisioterapeuta. "Se toda vez que
fizer força a mulher realizar
o exercício perineal, não vai
haver comprometimento
da musculatura."
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