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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003
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O que há de bom para ler

"Cães Sabem Quando Seus Donos Estão Chegando", de Rupert Sheldrake (ed. Objetiva): O autor acredita numa espécie de telepatia entre cães e gatos e o homem. Um mesmo princípio explicaria, por exemplo, por que revoadas de pássaros e cardumes de peixes se deslocam por milhares de quilômetros como se fossem um único organismo. O livro apresenta um rico material de pesquisa e proposição de hipóteses explicativas e é gostoso de ler.

"A Expressão das Emoções nos Homens e nos Animais", de Charles Darwin (ed. Companhia das Letras): gostoso de ler e de aprender, mostra que o autor de "A Origem das Espécies" sabia muito mais sobre inteligência animal do que se imaginava. Preocupado com a repercussão de suas teses, claramente anticriacionistas, Darwin publicou três livros fundamentais para a sustentação de sua teoria. Este é um deles.

"O Parente Mais Próximo", de Roger Foutes (ed. Objetiva): relato saboroso, surpreendente e comovente, que narra os 30 anos de convívio do cientista americano com chimpanzés, a quem ensinou a linguagem dos surdos-mudos.

"A Alma dos Animais", de Irvênia Prada (ed. Mantiqueira): em linguagem simples e clara, a professora da USP discorre sobre as semelhanças entre a organização do sistema nervoso do homem e dos animais. Cinquenta e oito páginas saborosas.

"Patas na Europa"; "Patas 2-A Viagem"; "Patas 3, Ossos de Pizza"; "Patas 4, a Odisséia Final", de Antônio F. Costella (ed. Mantiqueira): para quem gosta de viajar, ama animais e não dispensa conhecimentos gerais nas áreas de história e geografia. Escrito a partir da experiência pessoal do autor em viagens pela Europa com o cão Chiquinho.

"Quando os Elefantes Choram", de Jeffrey Moussaieff Masson e Susan McCarthy (Geração Editorial): procura mostrar que os bichos têm sentimentos como ódio, ciúme e até altruísmo. Descreve momentos em que os animais parecem expressar seu humor de forma semelhante aos humanos. Há um elefante que separa parte da sua ração para um rato que mora em sua jaula. Um grupo de búfalos que corre e desliza no gelo, aparentemente por puro divertimento.

"Amor de Cão", de Marjorie Garber (ed. Record): diretora do Centro de Estudos Literários e Culturais da Universidade Harvard, nos EUA, ela defende uma tese polêmica: a observação do modo de vida dos cachorros é um bom caminho para os que querem construir uma conduta mais humanista. Traz biografias caninas e apresenta o envolvimento entre humanos e caninos sob uma nova perspectiva.

"Da Dificuldade de Ser Cão", de Roger Grenier (ed. Companhia das Letras): nos 40 relatos do livro, o romancista, roteirista e jornalista francês compõe um encontro de pessoas que, além das afinidades literárias e afetivas, têm em comum a cumplicidade com animais reais ou lendários, anedóticos ou comoventes. O autor faz palestra hoje, às 19 h, na Fnac (av. Pedroso de Moraes, 858, Pinheiros).


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