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O que há de bom para ler
"Cães Sabem Quando
Seus Donos Estão Chegando", de Rupert Sheldrake (ed. Objetiva): O
autor acredita numa espécie de telepatia entre cães e gatos e o homem.
Um mesmo princípio explicaria, por exemplo, por que revoadas de pássaros e cardumes de peixes se deslocam por milhares de quilômetros
como se fossem um único organismo. O livro apresenta um rico material de pesquisa e proposição de hipóteses explicativas e é gostoso de ler.
"A Expressão das Emoções nos Homens e nos Animais", de Charles Darwin (ed. Companhia das Letras): gostoso de ler e de aprender,
mostra que o autor de "A Origem das Espécies" sabia muito mais sobre
inteligência animal do que se imaginava. Preocupado com a repercussão de suas teses, claramente anticriacionistas, Darwin publicou três livros fundamentais para a sustentação de sua teoria. Este é um deles.
"O Parente Mais Próximo", de Roger Foutes (ed. Objetiva): relato saboroso, surpreendente e comovente, que narra os 30 anos de convívio do
cientista americano com chimpanzés, a quem ensinou a linguagem dos
surdos-mudos.
"A Alma dos Animais", de Irvênia Prada
(ed. Mantiqueira): em linguagem simples e clara, a professora da USP
discorre sobre as semelhanças entre a organização do sistema nervoso
do homem e dos animais. Cinquenta e oito páginas saborosas.
"Patas na Europa"; "Patas 2-A Viagem"; "Patas 3, Ossos de Pizza"; "Patas 4, a Odisséia Final", de Antônio F. Costella (ed. Mantiqueira): para quem gosta de viajar, ama animais e não dispensa conhecimentos gerais nas áreas
de história e geografia. Escrito a partir da experiência pessoal do autor
em viagens pela Europa com o cão Chiquinho.
"Quando os Elefantes
Choram", de Jeffrey
Moussaieff Masson e
Susan McCarthy (Geração Editorial): procura
mostrar que os bichos
têm sentimentos como
ódio, ciúme e até altruísmo. Descreve momentos em que os animais
parecem expressar seu
humor de forma semelhante aos humanos. Há
um elefante que separa
parte da sua ração para
um rato que mora em
sua jaula. Um grupo de
búfalos que corre e desliza no gelo, aparentemente por puro divertimento.
"Amor de Cão", de
Marjorie Garber (ed.
Record): diretora do
Centro de Estudos Literários e Culturais da
Universidade Harvard,
nos EUA, ela defende
uma tese polêmica: a observação do modo de vida dos cachorros é um
bom caminho para os
que querem construir
uma conduta mais humanista. Traz biografias
caninas e apresenta o envolvimento entre humanos e caninos sob uma
nova perspectiva.
"Da Dificuldade de
Ser Cão", de Roger Grenier (ed. Companhia
das Letras): nos 40 relatos do livro, o romancista, roteirista e jornalista
francês compõe um encontro de pessoas que,
além das afinidades literárias e afetivas, têm em
comum a cumplicidade
com animais reais ou
lendários, anedóticos ou
comoventes. O autor faz
palestra hoje, às 19 h, na
Fnac (av. Pedroso de
Moraes, 858, Pinheiros).
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