UOL


São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em prosa e verso

Gatos, cães e aves estiveram presentes na obra ou na vida dos grandes autores. Confira abaixo dois exemplos.
Um dos mestres do romance policial, Georges Simenon fez sua estréia na seara dos romances psicológicos em 1966 com o elogiadíssimo "O Gato". Na trama, marido e mulher que há muito não se falam limitam-se a trocar bilhetes monossilábicos, em que se acusam mutuamente de assassinato. Ele a tortura a todo instante escrevendo no papel uma simples palavra -gato-, culpando-a pela morte de seu bicho de estimação. Ela se manifesta da mesma forma, responsabilizando-o pela morte de sua amiga, uma arara. Tudo permeado por um clima de ódio e desesperada decepção com a vida.
Um dos momentos mais dramáticos de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, é a morte da cachorra Baleia, inspirada no cachorro que o autor viu ser sacrificado. Ele revela sentimentos da cadela, descrevendo situações do ponto de vista do animal: "A cachorra espiou o dono desconfiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando (...) Não poderia morder Fabiano: tinha nascido perto dele...".


Texto Anterior: O que há de bom para ler
Próximo Texto: s.o.s família - rosely sayão: Violência juvenil e falta de brincar na infância
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.