São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2000
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POUCAS E BOAS
Embalagens de remédio com novas funções

ISABEL GERHARDT - DA REPORTAGEM LOCAL

Uma nova geração de cápsulas de remédios está surgindo. A vantagem dessas cápsulas "inteligentes" é que elas podem liberar o princípio ativo de forma lenta e gradual, na medida da necessidade do organismo, além de liberar no local certo.
Podem ser usadas tanto para administração de remédios por via oral como para administração de vacinas.
O Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da Faculdade de Farmácia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) vem desenvolvendo esse tipo de cápsula, chamada de microesfera e produzida a partir de duas substâncias que não causam nenhum dano ao organismo, pois são biodegradáveis.
Os ácidos lático e glicólico são essas duas substâncias. Dependendo da combinação do número de moléculas de cada uma delas, criam-se microesferas com capacidade de degradação e liberação do princípio ativo de interesse que pode variar de dias a meses.
E mais: para evitar o problema causado por muitos princípios ativos, que é o de irritar a mucosa do estômago, os cientistas criaram microesferas que só serão dissolvidas no intestino, onde a droga terapêutica será efetivamente absorvida.
"Já estamos em contato com a indústria nacional para a sua utilização como invólucro para antibióticos e vacinas", disse José Maciel Rodrigues Júnior, professor da Faculdade de Farmácia da UFMG.
Uma das vantagens apontadas por Rodrigues Júnior é que a administração, uma única vez, de uma combinação de microesferas com capacidade de liberação da vacina em tempos diferentes evitaria a necessidade de doses de reforço. Ou seja, a vacina seria aplicada em uma única dose.
O professor Célio Lopes Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, vem testando essas microesferas em vacinas contra a tuberculose.
Outros tipos de microesfera também vêm sendo desenvolvidos para a administração de remédios por via oral.

Poluição e mortalidade Até as menores partículas responsáveis pela poluição no ar, que medem menos de dez mícrons (um mícron é igual a um milionésimo de milímetro), prejudicam a saúde. Pesquisa feita pelo Health Effects Institute (EUA) constatou que o acréscimo de dez microgramas dessas partículas por metro cúbico de ar provoca, em média, um aumento de 0,5% na taxa de mortalidade.

Diagnóstico grátis No próximo fim-de-semana (22/7 e 23/7), das 8h às 17h, os moradores da região do ABC (SP) poderão conferir gratuitamente se têm glaucoma, doença que afeta o nervo ótico e pode causar cegueira. O projeto envolve 300 médicos voluntários e pretende atender 5.000 pessoas em postos de atendimento espalhados em seis cidades.

Conforto diante do micro Melhorar a qualidade de vida das pessoas que trabalham com computadores é o objetivo do livro "O Corpo no Trabalho" (ed. Senac, 160 págs., R$ 20), escrito pelo médico Primo Brandimiller, especializado em ergonomia. A obra mostra como fazer uma auto-avaliação das condições de trabalho e dá dicas de móveis e iluminação para evitar ou eliminar a fadiga e o desconforto físico e visual.

Voluntariado O Programa de Prevenção ao Suicídio do Centro de Valorização da Vida (CVV) procura novos voluntários para atender as pessoas que recorrem ao serviço. A idade mínima é 18 anos. Após avaliação, os interessados fazem curso preparatório. Mais informações podem ser obtidas nas várias unidades do CVV. Em São Paulo, um dos telefones é 0/xx/11/232-4111.

Emagrecer on line Por R$ 18 mensais, os internautas podem ter acesso a um plano de emagrecimento personalizado em www.sempreemforma.com.br. O serviço inclui acompanhamento periódico, dieta e programa de atividades físicas, planejados conforme as respostas fornecidas no cadastramento.


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