São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2000 |
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NA MESA Cuscuz reina de manhã, à tarde e à noite
Ele pode ser doce ou salgado, feito de milho, semolina ou tapioca e virar prato principal ou até
sobremesa. Tudo depende da região em que for servido. No Nordeste, onde é feito de milho
ou tapioca, vem molhado no leite de coco e é prato quase obrigatório no café da manhã. Já o
cuscuz paulista, que também é servido em Minas, é um prato salgado, que vale como refeição principal no almoço ou jantar. É feito com peixe, camarão, legumes e ovos cozidos ligados pela farinha de
milho ou semolina (em Minas, o frango toma o lugar dos crustáceos). Já no Marrocos (África do
Norte), de onde é originário, o cuscuz é feito de sêmola de trigo e servido como se fosse arroz, acompanhando quase tudo, principalmente os ensopados. Também versátil no nome -pode virar couscous, kuz-kuz ou alcuscuz-, não se sabe ao certo se o prato foi introduzido no Brasil por portugueses, escravos africanos ou ambos. O certo é que aqui o trigo virou milho, e o cuscuz ganhou banho de
leite de coco no Nordeste. Com tanta história na bagagem, a receita do cuscuz não poderia vir de local mais apropriado do que o Quinta do Museu, restaurante do Museu da Casa Brasileira (SP). |
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