São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2000
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BOQUIABERTO Vespas suicidas Ao se deliciar com um figo doce, agradeça às minúsculas vespas-do-figo. São elas que, ao botar seus ovos, polinizam as centenas de flores internas que formam um figo e garantem a perpetuação da planta. Esse processo, porém, tem "baixas": os machos desse inseto, sem asas, nascem e morrem dentro do figo. Suas únicas funções são fecundar as fêmeas e ajudá-las a sair para iniciar o ciclo em outros figos. Teor de sol Quanto mais ensolarado for o vinhedo, mais forte será o vinho. A afirmação pode parecer estranha, mas funciona. As uvas amadurecem sob a ação dos raios solares e, quanto mais sol recebem, mais doces ficam. Como, na produção do vinho, é a quantidade de açúcar que determina o teor alcoólico, os frutos de regiões ensolaradas normalmente resultam em vinhos mais fortes. Feijoada sem feijão Apesar de ser descrita como uma espécie de feijoada, a maniçoba, um dos pratos típicos do Pará, não leva feijão. A semelhança está na mistura de várias carnes, como charque (ou carne-de-sol), toucinho e bucho. No lugar do feijão, porém, entram as folhas de mandioca-brava, também conhecida como maniva, que são venenosas e precisam ser fervidas por vários dias para perder suas propriedades tóxicas. Pudim do pós-guerra Embora já fossem utilizadas desde o século 19, principalmente na Europa, as latas de leite condensado só chegaram ao Brasil durante a Segunda Guerra Mundial, servindo como uma alternativa ao racionamento de leite. O produto caiu rapidamente no gosto popular e deu origem a duas receitas hoje comuns na mesa dos brasileiros: o pudim de leite condensado e o brigadeiro. Texto Anterior: Na mesa: Cuscuz reina de manhã, à tarde e à noite Próximo Texto: Leve o melhor na compra de supermercado Índice |
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