São Paulo, quinta-feira, 20 de julho de 2006
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ingrediente

Carne de pato estrela receitas célebres

Maria do Carmo/Folha Imagem
275 calorias por porção


RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Embora seja uma ave fácil de criar, que exige poucos cuidados e dificilmente adoece, o pato ainda não faz parte da dieta regular do brasileiro. O livro "Dona Benta" (Companhia Editora Nacional), que reúne mais de 1.500 receitas, lista apenas duas maneiras de prepará-lo. O coelho, em comparação, aparece em seis.
"Pato é comida de europeu, principalmente de alemães, por isso, no Brasil, os criadores se concentram no Sul. É uma carne cara, encontrada mais em restaurantes finos, que o brasileiro não tem o hábito de comer", afirma Maria Virgínia Franco, membro da Associação dos Criadores de Aves de Raça Pura. De fato, o quilo do peito de pato custa em torno de R$ 40, quase dez vezes mais do que o de frango.
Nativa da América do Sul, a ave começou a ser domesticada há cerca de 2.000 anos, na China, e hoje é criada em quase todo o mundo. Embora haja também patos selvagens, os domésticos são os mais consumidos e se dividem em três variedades mais comuns: muscovy, alemão gigante e doméstico (popularmente chamado de caipira).
Mas, se no Brasil a ave é pouco consumida -integra um só prato típico, o paraense pato no tucupi-, no resto do mundo existem diversas receitas que se tornaram célebres. Na Inglaterra, há o "caneton" (pato jovem) assado com molho de maçã e ervilhas. Da França, saiu o "canard à l'orange" (pato com laranja), conhecido mundialmente. No Irã, a ave costuma ser cozida lentamente com gordura, nozes e molho de romã.
O prato mais famoso, no entanto, vem da Ásia. O pato de Pequim recebe esse nome não só pelo modo de preparo mas também devido à espécie empregada. Embora haja variações, a receita começa a ser preparada quando a ave recebe uma dieta especial. Depois de alcançar de 2 kg a 3 kg, é abatida e inflada com ar. Então, suas tripas são retiradas, a carne é coberta com maltose, seu interior é cheio de água e o pato é levado para assar.
O resultado é uma carne crocante, dourada e brilhante por fora e com interior suculento e aroma delicado. Outra vantagem desse processo é que elimina o excesso de gordura, abundante na carne da ave, que também é rica em proteínas e em sais minerais.


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