São Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2009
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CORREIO

"Ao ler a coluna de Anna Veronica Mautner ("As mudanças na linguagem", ed. de 13/8), lembrei-me da linguagem de minha filha. Por convivência com o grupo de sua geração, ela criou o costume de dizer "da hora" no meio da conversa.
Tudo era "da hora". E, sempre que ela dizia isso, eu informava as horas para ela. Foi assim até que, quando ia sair a palavra, ela lembrava disso e arrumava outro termo. Uma outra vez, eu estava no ônibus ao lado de três jovens que conversavam. A cada dez palavras, creio eu, mais da metade era "mano". "Mano, conheci uma mina da hora", "Mano, acho que vou a um show neste fim de semana". Era tanto mano que eu já estava cansado. Hoje, a mídia trabalha muito em cima das manias e jeitos de as pessoas se expressarem. Do jeito que está, o "pai dos burros" terá que ser atualizado."
JOSÉ EDUARDO SANTOS NETO (São Paulo)

"O artigo de Anna Veronica Mautner reflete um espírito inquieto e observador. Nós, trabalhadores da área, sabemos que a língua é um ser vivo em evolução. Hoje temos realmente uma língua brasileira.
Gostaria de lembrar-lhe de duas formas curiosas: a primeira é usada para corrigir algum desvio de pensamento do ouvinte. É o "Veja bem!". Um primo dele -"Veja por outro ângulo...'- também tem boa aceitação no mercado. Fatal mesmo é o conhecido "Não é que eu queira falar mal, mas..." Depois vem "chumbo grosso"."
JOSÉ LUIZ PEREIRA DA SILVA


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