O produto ótimo
Alimento produzido sem agrotóxicos nem adubos voláteis (químicos), com técnicas de manejo que permitem a rotação de culturas, a conservação do solo e o mínimo de alteração no ecossistema. Também são levados em conta a boa utilização dos recursos hídricos, as boas práticas sanitárias, o cumprimento da legislação e a capacidade de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores envolvidos no processo

O que sustenta
Esse tipo de agricultura faz com que haja menor gasto energético na produção e maior preservação dos recursos hídricos e dos recursos não-renováveis (como derivados de petróleo). Para quem produz, o simples fato de não estar em contato com grandes quantidades de agrotóxicos é uma melhora significativa na qualidade de vida. Para o consumidor, oferece produtos considerados mais saudáveis e possivelmente mais ricos em nutrientes

O que atrapalha
Comercializar os alimentos orgânicos embalados em isopor e filme plástico -dois produtos que envolvem, na sua produção, processos químicos e emissão de CO2, além da geração de lixo de difícil degradação. Outro problema é vender produtos fora da estação ou naturais de regiões distantes, já que os efeitos do transporte diminuem os ganhos ambientais da produção orgânica. Atrapalham também as certificações de origem desconhecida -é fácil colocar um selo "orgânico" mesmo em produtos que não cumpram todas as orientações adequadas

Os desafios
Regulamentar a legislação sobre alimentos orgânicos -no Brasil, a única referência é uma lei de 2003 que ainda não está regulamentada. É preciso superar também as dificuldades de escoamento da produção, para garantir um abastecimento mais amplo sem aumentar o custo ambiental, assim como o acesso à tecnologia que permita aumento da produtividade mantendo as características ecológicas da produção


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