São Paulo, quinta-feira, 21 de setembro de 2006
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inspire, respire e transpire

Menos impacto na piscina

Hidropilates verticaliza os movimentos da prática de pilates e aumenta a dificuldade do exercício embaixo d'água; nova modalidade, que estréia em academia no Rio, fortalece a musculatura abdominal

Divulgação
Aula de hidropilates no Espaço Stella Torreão, no Rio


CRISTINA TARDÁGUILA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

A curiosidade levou a professora de ginástica norte-americana Ann Anthony, 47, a jogar os elásticos usados nas aulas de pilates de chão em uma piscina de água aquecida a 30 C. Resultado: ela acabou desenvolvendo o hidropilates, uma nova modalidade de exercício físico que nasceu na Flórida (EUA) e chegou ao Rio de Janeiro neste mês.
"Os movimentos são os mesmos da prática de pilates, só que verticalizados. Em vez de ficar deitado no colchão, o aluno trabalha em pé, dentro da piscina", explicou Anthony em entrevista à Folha.
Segundo ela, a vantagem de fazer pilates dessa forma está associada à densidade da água, que é maior do que a do ar. "O exercício fica mais difícil na piscina e exige mais do corpo, sem ter impacto nenhum. Se a água for salgada, melhor ainda. O trabalho vai ficar mais puxado", afirma.
De acordo com a professora, o trabalho de hidropilates fortalece especialmente a musculatura abdominal e de sustentação da coluna e é indicado para quem quer enrijecer os músculos, ganhar flexibilidade e melhorar a respiração e a postura. "No combate à celulite, também pode ser um ótimo parceiro", diz.
A aula tem aproximadamente uma hora de duração. Começa com dez minutos de aquecimento feito com caminhadas, corridas e saltos.
Depois, são 40 minutos de trabalho com os elásticos, uma barra de balé instalada dentro d'água e as paredes da piscina, que substituem o colchão do pilates tradicional. Nos últimos dez minutos, Anthony costuma indicar exercícios de ioga que também foram verticalizados e adaptados para a água.
Segundo ela, qualquer pessoa pode fazer hidropilates: jovens, velhos, atletas e principiantes, e o ideal é praticar em dias alternados. "A água não é só para velhos e para as pessoas que têm alguma lesão. Eu sempre me chateio quando ouço as pessoas dizendo isso", diz ela. "O meu condicionamento físico, por exemplo, melhorou muito quando troquei a terra pela água".
A música que acompanha o hidropilates não é a agitada que tradicionalmente anima aulas na piscina. "Eu prefiro lounge music ou new age, que combinam muito mais com a água", acredita a professora.
Para o fisiatra da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte Robson Luis do Bem, há vantagens em se exercitar na água. "Além de ser um facilitador de movimentos, a água tem um estímulo sensorial muito importante, ainda mais quando está aquecida. Nela, os movimentos ficam bem mais suaves e agradáveis", diz ele.
Para o médico, que atende a seleção brasileira de remo, o lado mais positivo do hidropilates é o fato de ele ser uma opção para quem já se está enjoado dos exercícios da tradicional hidroginástica. "É um caminho que surge agora e que não obriga ninguém a deixar a piscina."

Hidropilates
Mensalidade:
R$ 150 (para fazer aulas de hidropilates duas vezes por semana)
onde praticar: Espaço Stella Torreão r. Fonte da Saudade, 146, Rio de Janeiro, tel. 0/xx/21/2579-3138
www.stellatorreao.com.br


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