São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
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Poucas e boas

Fumar menos não reduz riscos, aponta novo estudo

Pessoas que fumam muito e reduzem a quantidade de cigarros consumidos por dia não fazem o suficiente para se protegerem da exposição aos componentes tóxicos do tabaco. E mais: continuam sendo mais passíveis ao desenvolvimento de doenças do que quem manteve o hábito de fumar pouco durante a vida toda.
Essa é a conclusão de uma pesquisa publicada pelo jornal médico "Cancer Epidemology, Biomakers & Prevention". Segundo os pesquisadores envolvidos no estudo, ao reduzir a quantidade diária de cigarros, esses fumantes geralmente passam a tragar mais profundamente e a dar intervalos menores entre uma tragada e outra.
O comportamento, batizado de "fumo compensatório", ocorre na tentativa de conseguir dos poucos cigarros diários a mesma quantidade de nicotina que o corpo está habituado a obter fumando muito.
"É importante que os fumantes saibam que reduzir cigarros não necessariamente significa reduzir os riscos à saúde", afirma Dorothy Hatsukami, professora de psiquiatria da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e uma das responsáveis pelas investigações.
Os pesquisadores compararam a saúde de 64 pessoas que fumavam muito e reduziram para cinco cigarros por dia à de 62 que sempre fumaram pouco. Os primeiros apresentavam mais riscos.

SILICONE NÃO IMPEDE A AMAMENTAÇÃO
Ter feito implante de silicone não é sinônimo de não poder amamentar (foto). De acordo com Yong Joo, mastologista do Hospital e Maternidade São Camilo, de São Paulo, a prótese em si não atrapalha os ductos e as glândulas mamárias, e a produção de leite pode acontecer normalmente, desde que a cirurgia tenha sido feita corretamente. O que pode haver, segundo ele explica, é uma readaptação da mama após o período de lactação, gerando a necessidade de uma nova cirurgia de correção estética.

ÁCIDO FÓLICO NÃO PROTEGE DE INFARTO
Tomar suplemento de ácido fólico não reduz o risco de infarto do miocárdio nem de derrame em pessoas com histórico de problemas cardiovasculares. Alguns médicos têm prescrito a substância, mas uma pesquisa norte-americana realizada com 17 mil pessoas não constatou reduções de risco entre as que a consumiram.

TOSSE CRÔNICA VEM COM DEPRESSÃO
Entre as pessoas que sofrem de tosse crônica, doença com grande impacto na qualidade de vida, mais da metade apresenta sintomas de depressão, aponta uma nova pesquisa. A boa notícia é que a diminuição da tosse costuma ser sinal de que o distúrbio psíquico está se abrandando. A observação foi publicada recentemente pelo jornal médico "Chest".
PINTAS NO CORPO PEDEM ATENÇÃO
Pintas no corpo com bordas irregulares, diâmetro maior que 0,6 cm e tonalidade diferente da das demais pedem atenção e podem ser sinal de melanoma, um tipo de câncer de pele. Nesse caso, devem ser retiradas. O mesmo vale para aquelas surgidas em locais de atritos como a palma das mãos, plantas dos pés, virilhas e axilas. Um dermatologista pode avaliar se a pinta representa ou não algum risco. O procedimento de retirada é simples e feito no consultório com anestesia local. "É mais tranqüilo do que extrair um dente", comenta Marcelo Giovannetti, cirurgião plástico do Kyron Spa.


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