São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007
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Poucas e boas

Estudo traz dados sobre base genética do autismo

Cientistas divulgaram, no último domingo, o maior levantamento já feito sobre fatores genéticos do autismo. O estudo, realizado por um grupo de mais de 120 pesquisadores de 19 países e publicado na revista "Nature Genetics", localizou duas novas ligações genéticas que podem predispor crianças a desenvolver a síndrome.
As descobertas se referem a uma região não-identificada do cromossomo 11 e à interação de um gene (neurexin 1) com o glutamato -substância que age no desenvolvimento cerebral.
Mas, segundo os cientistas, o estudo indica que o autismo provavelmente tem diversas origens genéticas, em vez de estar associado a um mecanismo uniforme.
Para fazer o levantamento, foram avaliadas amostras de DNA de 1.168 famílias com duas ou mais crianças autistas. Os dados foram analisados por meio de um método que permite detectar similaridades genéticas.
Segundo especialistas, 90% dos casos de autismo têm uma base genética. A expectativa é que, ao decifrar as características ligadas à síndrome, seja mais fácil descobrir uma forma de tratá-la.
Essa possibilidade, porém, é rechaçada por alguns grupos -entre os quais, comunidades criadas por autistas-, que defendem uma postura anticura. Para eles, o autismo não é doença, e sim uma forma diferente de pensar, que deve ser respeitada.

CAMPANHA CONTRA CÂNCER NA RETINA
A Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer) realiza campanha para prevenção do retinoblastoma -tumor ocular maligno que afeta crianças com menos de quatro anos. O Brasil registra 400 novos casos da doença por ano. Segundo o oncologista pediátrico Sidnei Epelman, presidente da Tucca, o diagnóstico precoce pode ser feito em casa com uma máquina fotográfica com flash ou uma lâmpada. É preciso prestar atenção a um reflexo branco na pupila, que aparece em fotos ou pode ser percebido com a exposição dos olhos à luz artificial. Outros problemas, como estrabismo e dificuldade visual, podem estar relacionados ao câncer.

COLESTEROL ALTO E DERRAME
Entre as mulheres sem histórico de doenças importantes, as que têm colesterol alto estão mais sujeitas a sofrer derrame cerebral, segundo pesquisadores de Boston. O grupo analisou dados do Estudo da Saúde da Mulher, com 28 mil mulheres com 45 anos ou mais (no início da pesquisa, entre 1992 e 1995). O colesterol alto dobrou o risco de derrame, na comparação com as mulheres que tinham os melhores índices.

AMAMENTAÇÃO E MOBILIDADE SOCIAL
Quem foi amamentado no peito nos primeiros meses de vida ascende mais socialmente do que aqueles que tomaram apenas mamadeira, segundo pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra. O estudo mostrou também que o aleitamento (foto) aumenta a inteligência das crianças enquanto reduz o risco de doenças psiquiátricas.

DESCOBERTA SOBRE TONTURA
A tontura crônica sem ligação com vertigem, problema que intriga médicos há anos, pode ter várias causas, incluindo distúrbios de ansiedade, danos cerebrais e enxaqueca. A conclusão é de um estudo da Universidade da Pensilvânia, divulgado nesta semana, que acompanhou 345 homens e mulheres entre 15 e 89 anos que sofreram de tontura por três meses ou mais sem relação com causas conhecidas.

GRAACC PEDE DOAÇÃO DE SANGUE
O Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer precisa de doadores de sangue, que devem ir ao posto de coleta do Hospital São Paulo (r. Botucatu, 620, Vila Clementino, São Paulo), de segunda a sábado, das 8h às 17h. É preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 kg e não estar gripado.
Informações: 0/xx/11/5539-7289

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CRIANÇAS
A Fundação Maria Luisa e Oscar Americano criou um programa de educação ambiental voltado para alunos da pré-escola ao ensino médio. As visitas, equipadas com binóculos, são acompanhadas por monitores que explicam sobre as árvores e os pássaros que vivem no parque. Alunos de escolas públicas não pagam ingresso. Para os colégios particulares, a taxa é R$ 4 por pessoa.
Informações e reservas: 0/xx/11/3742-0077

PROJETO DA UNG AJUDA A PARAR DE FUMAR
O PrevFumo, desenvolvido pela UnG em parceria com a Unifesp, é um programa gratuito com dois meses de duração. Os participantes (12 em cada grupo) devem ir a seis encontros, nos quais são oferecidas informações sobre o tema, e contam com o apoio de um grupo de especialistas para casos de recaída. Quem não consegue largar o cigarro após o programa pode se inscrever de novo e recomeçar o tratamento.
Informações: 0/xx/11/6464-1778


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