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São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003
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Cirurgia de adenóides
"Meu filho de dois anos sofre de adenóides. O otorrinolaringologista disse que é preciso operar logo, mas o pediatra aconselhou a esperar ou a fazer a cirurgia retirando também as amígdalas. O que eu faço?"
Valdirene Maria Mendes Ribeiro, Rancharia, SP

A cirurgia de adenóides raramente é indicada antes dos dois anos. "Mas há exceções: por exemplo, quando as adenóides são muito grandes, provocando problemas respiratórios ou inflamações repetidas dos ouvidos", explica o otorrinolaringologista José Alexandre Médicis, do Hospital Santa Rita (SP). Já a retirada das amígdalas deve ser feita somente se houver razões específicas para isso -se as amígdalas são muito grandes e também atrapalham a respiração ou infeccionam com muita frequência, por exemplo. "O ideal é que pediatra e otorrinolaringologista conversem, discutam o caso e cheguem a um consenso, o que, com certeza, será melhor para a criança", diz Médicis.


Displasia mamária
"O que é displasia mamária? Uma mulher com essa doença pode fazer plástica para reduzir as mamas (mamoplastia redutora)? O que pode causar cicatrizes hipertróficas (quelóides) após a cirurgia?"
Titânia Pinto Freire de Morais, Vilhena, RO

Os médicos chamam de alterações funcionais benignas da mama (AFBM) o que popularmente é conhecido como displasia. "Não é uma doença; essas alterações são tratadas apenas se estão associadas à dor", afirma o mastologista José Francisco Rinaldi, do hospital São Luiz (SP). Uma mulher com AFBM pode se submeter a uma mamoplastia redutora, mas é aconselhável consultar um mastologista antes. "É importante salientar que a mamoplastia não cura os sintomas da displasia: ao contrário, pode piorá-los", alerta Rinaldi. As cicatrizes hipertróficas estão associadas principalmente à predisposição da paciente. "A betaterapia imediata ajuda em casos de predisposição", diz.

Psique e disidrose
"Meu filho de nove anos tem disidrose. Sempre tentamos controlar, mas a doença volta sempre. A disidrose tem relação com problemas psicológicos?"
Silvia, via e-mail

A disidrose é um problema alérgico, explica o dermatologista Mario Grinblat, do hospital Albert Einstein (SP). Como, em geral, é uma doença de causa desconhecida, é necessária uma investigação bem detalhada para tentar detectar o que desencadeia as crises e saber como evitá-las. A disidrose afeta ambos os sexos e frequentemente está associada ao aumento do suor nas mãos e nos pés e ao estresse. "Não é possível, porém, afirmar que a origem da disidrose é psicológica", diz a psicóloga Anita Taub, também do Einstein. "O que ocorre é que, habitualmente, as condições psicológicas interferem no curso da doença. Por exemplo: quando estamos doentes e ficamos ansiosos, temos a impressão de que pioramos."


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