São Paulo, quinta-feira, 24 de novembro de 2005
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Lama e artista plástica combatem machismo

Junto à artista plástica Bia Assumpção, lama Caroline foi uma das primeiras mulheres, no mundo contemporâneo, a reconstruir a mandala de areia, atividade nascida há mais de 2.500 anos e hoje restrita somente a monges.
A figura leva cerca de dez dias para ser concluída, dentro de um complexo ritual do qual apenas podem participar praticantes mahayana acompanhados por "um bom artista que tenha muita paciência", segundo descreve Caroline, e que contem com a permissão dos lamas para que o trabalho seja iniciado.
Construída em traços precisos, que não obedecem a opções estéticas pessoais, mas a ensinamentos e tradições ancestrais -e que devem ser expressos claramente em sânscrito-, a mandala simboliza o universo exterior, com elementos do zodíaco e planetas, e o universo interior, corpo e mente humanos. É uma representação do objetivo central da prática kalachakra: harmonizar macrocosmo e microcosmo a fim de oferecer paz no mundo, tranqüilidade interior ao ser humano e em relação à sua família e sociedade, passo fundamental para a sua iluminação.
Tal "ousadia" deveu-se, segundo Caroline, à abertura de Gangchen Rinpoche, "muito maior do que a da maioria dos lamas tibetanos". "Ele defende enfaticamente o direito das mulheres a ter total acesso a todos os aspectos de nossa tradição espiritual."


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