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Lama e artista plástica combatem machismo
Junto à artista plástica Bia Assumpção,
lama Caroline foi uma das primeiras mulheres, no mundo contemporâneo, a reconstruir a mandala de areia, atividade
nascida há mais de 2.500 anos e hoje restrita somente a monges.
A figura leva cerca de dez dias para ser
concluída, dentro de um complexo ritual
do qual apenas podem participar praticantes mahayana acompanhados por
"um bom artista que tenha muita paciência", segundo descreve Caroline, e que
contem com a permissão dos lamas para
que o trabalho seja iniciado.
Construída em traços precisos, que não
obedecem a opções estéticas pessoais,
mas a ensinamentos e tradições ancestrais -e que devem ser expressos claramente em sânscrito-, a mandala simboliza o universo exterior, com elementos do zodíaco e planetas, e o universo interior, corpo e mente humanos. É uma
representação do objetivo central da prática kalachakra: harmonizar macrocosmo e microcosmo a fim de oferecer paz
no mundo, tranqüilidade interior ao ser
humano e em relação à sua família e sociedade, passo fundamental para a sua
iluminação.
Tal "ousadia" deveu-se, segundo Caroline, à abertura de Gangchen Rinpoche,
"muito maior do que a da maioria dos lamas tibetanos". "Ele defende enfaticamente o direito das mulheres a ter total
acesso a todos os aspectos de nossa tradição espiritual."
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