São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 2001
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poucas e boas

Estudo revela qualidade da refeição feita na rua



ISABEL GERHARDT
DA REPORTAGEM LOCAL



Quem trabalha fora de casa e é obrigado a comer na rua devido à pressa e à correria do horário de almoço consome mais gordura e colesterol porque tem mais dificuldade de conseguir fazer uma refeição balanceada.
A conclusão é de pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da USP que investigou a qualidade da alimentação que o brasileiro médio consome. Ao longo do ano passado, os pesquisadores verificaram o teor de lipídeos (gordura) em diversos tipos de alimento frequentemente ingeridos na cidade de São Paulo.
O estudo aponta a relação entre o aumento da produção e do consumo de alimentos industrializados com a elevação do número de doenças cardiovasculares, casos de câncer e obesidade.
Mas as pessoas obrigadas a almoçar fora de casa todos os dias podem escapar dos perigos da alimentação com excesso de gordura e colesterol. Ao estudar o valor calórico dos alimentos, os pesquisadores constataram que a dieta japonesa é a que menos engorda. Pratos comuns do cotidiano dos paulistanos, como feijão, hambúrguer caseiro e massas, também apresentaram valores calóricos baixos.
Segundo a pesquisa, alimentos típicos como bife grelhado, arroz e feijão também apresentaram menores teores de gordura que muitos produtos de pastelaria.
Quatro tipos de linguiça em que a gordura animal foi retirada e substituída por outros ingredientes foram examinados, além de um outro tipo, usado como controle, em que a gordura animal foi mantida. Os resultados apresentaram valores e perfis de gorduras distintos.
Segundo Elizabeth Torres, autora da pesquisa, é necessário avaliar a composição nutricional e quantificar os teores de lipídeos e colesterol dos alimentos para que profissionais da área de saúde possam orientar melhor a população sobre como se alimentar adequadamente.
Existe uma grande variação nos índices de colesterol dos alimentos. Segundo a pesquisa, é possível planejar a distribuição do índice de colesterol de acordo com os teores de gordura a serem alcançados em cada refeição.

Sangue, suor e escalada
A Casa de Pedra, escola de escalada esportiva localizada em São Paulo, está promovendo uma campanha para incentivar a doação voluntária de sangue. Até o final de fevereiro, quem comparecer à escola com comprovante de que doou sangue -em qualquer hospital ou hemocentro- ganha uma diária de escalada. Mais informações pelo telefone 0/xx/11/5181-7873.

Exercícios para acabar com a incontinência
Mulheres que sofrem de incontinência urinária de esforço podem evitar a cirurgia praticando exercícios físicos específicos, que reproduzem, com a bexiga vazia, as contrações musculares capazes de interromper o fluxo de urina. Os benefícios desse tipo de exercício foram constatados por um estudo realizado na Unifesp (SP).

Liberdade para os cães
Internautas que ficam arrepiados só de pensar que ainda existem carrocinhas que aprisionam cães pelas ruas já têm um endereço para manifestar seu repúdio. Além de aceitar denúncias de violência contra animais, o site do Movimento Brasileiro contra a Carrocinha (www.carrocinhanuncamais.com) mantém um abaixo-assinado on line.

Colesterol para viver mais
A capacidade de armazenar o chamado colesterol bom (HDL) pode ser o "segredo" de pessoas que vivem cem anos ou mais. Estudando 27 centenários e seus descendentes, médicos do Albert Einstein College of Medicine (EUA) verificaram que essas pessoas mantêm os níveis de HDL altos independentemente de fatores como alimentação, sedentarismo e tabagismo.

Carência de lar
A falta de convivência familiar pode prejudicar a saúde mental das crianças. A conclusão é de pesquisadores da Unifesp, que avaliaram crianças e adolescentes que moram em cinco orfanatos de São Paulo. Dos 63 menores entre 11 e 17 anos analisados, 49% apresentaram algum tipo de transtorno psiquiátrico.


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