São Paulo, quinta-feira, 25 de junho de 2009
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Fim de namoro

A primeira decepção amorosa costuma ser a mais impactante. Alguns adolescentes passam horas trancados no quarto, outros tentam investigar a vida do ex, enquanto uma parcela assume comportamentos de risco, como o uso de drogas.
Na opinião de especialistas, os pais podem ajudar os filhos a superar essa perda -mas só até certo ponto. O melhor a fazer, dizem, é mostrar-se disponível para ouvir, sem forçar conversas nem invadir a intimidade.
Quando o garoto ou a garota concorda em falar sobre o assunto, o primeiro passo é reconhecer o sofrimento e manifestar solidariedade. "Não comece dando conselhos", orienta Ailton Amélio da Silva, da USP.
Para a psicoterapeuta Mara Pusch, da Unifesp, vale dizer que sentir-se mal é natural, mas que essa é uma situação pela qual todo mundo passa, cedo ou tarde na vida.
Convidar o jovem para passeios de que ele gosta é a sugestão do professor da PUC-SP Miguel Perosa -desde que uma eventual recusa em falar sobre o assunto seja respeitada. "O pai não tem, necessariamente, que ter acesso ao que o filho está vivendo. Ele que segure sua ansiedade", acredita.
Para Tayná Gomes de Carvalho Araújo, 12, conversar com a avó, Maria Celeste Gomes de Carvalho, 70, com quem ela mora, foi importante para ajudá-la a superar o fim de um namoro. "Eu sofri muito, mas minha avó falou que se ele gostasse de mim de verdade a gente voltaria ou que eu encontraria outra pessoa. Isso me ajudou bastante", lembra.
Para Silva, se o jovem continua apaixonado, é bom orientá-lo para que enxergue o ex sem idealizações e, se preciso, levantar sua autoestima. "Também é útil ajudá-lo a se reprogramar, ligar para os amigos, porque antes a vida estava muito vinculada ao outro."


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