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Fim de namoro
A primeira decepção amorosa costuma ser a mais impactante. Alguns adolescentes passam horas trancados no quarto, outros tentam investigar a vida
do ex, enquanto uma parcela
assume comportamentos de
risco, como o uso de drogas.
Na opinião de especialistas,
os pais podem ajudar os filhos a
superar essa perda -mas só até
certo ponto. O melhor a fazer,
dizem, é mostrar-se disponível
para ouvir, sem forçar conversas nem invadir a intimidade.
Quando o garoto ou a garota
concorda em falar sobre o assunto, o primeiro passo é reconhecer o sofrimento e manifestar solidariedade. "Não comece
dando conselhos", orienta Ailton Amélio da Silva, da USP.
Para a psicoterapeuta Mara
Pusch, da Unifesp, vale dizer
que sentir-se mal é natural,
mas que essa é uma situação
pela qual todo mundo passa,
cedo ou tarde na vida.
Convidar o jovem para passeios de que ele gosta é a sugestão do professor da PUC-SP
Miguel Perosa -desde que
uma eventual recusa em falar
sobre o assunto seja respeitada.
"O pai não tem, necessariamente, que ter acesso ao que o
filho está vivendo. Ele que segure sua ansiedade", acredita.
Para Tayná Gomes de Carvalho Araújo, 12, conversar com a
avó, Maria Celeste Gomes de
Carvalho, 70, com quem ela
mora, foi importante para ajudá-la a superar o fim de um namoro. "Eu sofri muito, mas minha avó falou que se ele gostasse de mim de verdade a gente
voltaria ou que eu encontraria
outra pessoa. Isso me ajudou
bastante", lembra.
Para Silva, se o jovem continua apaixonado, é bom orientá-lo para que enxergue o ex
sem idealizações e, se preciso,
levantar sua autoestima. "Também é útil ajudá-lo a se reprogramar, ligar para os amigos,
porque antes a vida estava muito vinculada ao outro."
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