ANTONIO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer ou não terapia de reposição hormonal (TRH)? No início deste mês, a divulgação de uma pesquisa feita nos Estados Unidos reacendeu a polêmica sobre os benefícios -e os riscos- desse tipo de tratamento, adotado para reduzir os sintomas da menopausa e para manter a saúde após o fim dos ciclos menstruais.
Mas as mudanças provocadas pela menopausa merecem uma reflexão que vai além da avaliação dos prós e dos contras da TRH. Até porque, como hoje a expectativa de vida feminina beira os 75 anos, a mulher passa um terço de sua existência no climatério, fase que começa por volta dos 50 anos.
"É uma parte significativa da vida, que não deve ser vista somente como prenúncio de envelhecimento, mas como uma etapa que requer mudanças práticas", diz a jornalista e escritora Silvia Campolim, autora do recém-lançado "A Menopausa" (104 págs., R$ 9,90, ed. Publifolha, tel. 0800-140090).
Idealizadora do site www.menopausa.com.br, que entra no ar em agosto e conta com a consultoria de César Eduardo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Climatério, Campolim estuda o tema há oito anos e escreveu o livro em "benefício próprio". "Estou com 48 anos; logo, logo será a minha vez."
Na introdução, a autora afirma, sobre as mulheres: "O órgão que lhes confere o privilégio de reger a reprodução humana sai de cena na menopausa, em geral com grande estardalhaço". É esse estardalhaço que ela examina no novo livro.
Campolim esclarece dúvidas básicas que ainda confundem muitas mulheres. Explica, por exemplo, que climatério é o nome dado ao período que abrange a perimenopausa, a menopausa e a pós-menopausa e que cada uma dessas fases possui características específicas.
O livro também descreve os principais sintomas desse período, que incluem alterações na mucosa vaginal, enfraquecimento dos ossos e alterações no humor, e mostra a evolução dos tratamentos da menopausa, alguns bastante exóticos, desde o século 19 até a controversa e atual TRH.



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