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boquiaberto
Para os pequenos comerem direito
"A s crianças precisam educar a sua alimentação, não reeducá-la. Quem precisa ter a alimentação reeducada é o
pai; a criança ainda pode aprender sem erros."
A declaração da nutricionista Esther Andretta reflete a experiência adquirida com uma missão que
parecia quase impossível: fazer crianças abrirem
mão de (e fecharem a boca para) refrigerantes, doces, salgadinhos e frituras. A convite do professor
de educação física Antônio Carlos de Barros, a nutricionista redefiniu o cardápio da cantina do Colégio Sapiens, de São Bernardo do Campo (SP).
A reformulação integrou o programa coordenado por Barros e relatado no livro "Qualidade de Vida - Um Projeto de Peso na Alimentação Escolar"
(52 págs., R$ 12,50, ed. Rede Pitágoras, tel. 0/xx/31/
3297-5477). O programa, que recebeu o Selo de
Aprovação Médica da Sociedade Brasileira de Cardiologia, foi iniciado em 1998, quando Barros constatou que 40% dos 550 alunos da escola, com idade
entre três e 14 anos, estavam acima do peso ideal.
"Começamos a conscientizar pais, funcionários e
alunos sobre a importância de comer corretamente", explica Barros. Após três anos, cem alunos foram reavaliados: 25% deles apresentaram menor
peso, e 47%, menos gordura no corpo.
Algumas regras foram adotadas durante esse trabalho. Os refrigerantes foram substituídos pelos sucos, e as frituras, pelos assados; as balas foram abolidas, e só são permitidos chocolates com baixa
quantidade de calorias (barras de 30 g sem recheio).
Outros doces, como goiabada, somente podem ser
consumidos se a criança comer também uma fruta.
"As palavras regime e dieta são proibidas. Nosso lema é educação. Se fizemos isso na escola, os pais podem tranquilamente fazer em casa", diz Barros.
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