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São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003
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poucas e boas

Ginástica chinesa beneficia praticantes

DA REDAÇÃO

Praticar lian gong (pronuncia-se "liam cum") pode fazer bem tanto para o corpo como para o sistema público de saúde. Experiências bem-sucedidas com essa ginástica chinesa, criada há 70 anos, serão apresentadas no 8º Congresso Paulista de Saúde Pública, de 18 a 22 de outubro, em Ribeirão Preto (SP).
Em Suzano, na Grande São Paulo, uma lei municipal regulamenta o lian gong como terapia complementar. "Dessa forma, conseguimos "amarrar" a ginástica ao tratamento oferecido nos postos de saúde, principalmente nos casos de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e reumatismo", explica a enfermeira Valéria Genovesi, secretária de Saúde da cidade.
Para avaliar o programa, implantado há seis anos, foi feita uma pesquisa com 2.134 praticantes. Entre os resultados obtidos, estão melhora no humor (40%) e no sono (35%) e diminuição na procura por assistência médica (33%) e no uso de medicamentos (23%).
Atualmente, cerca de 14 mil pessoas praticam lian gong uma vez por semana, gratuitamente, em Suzano. A ginástica também chegou às escolas. "Observamos uma melhora substancial no rendimento das crianças hiperativas", diz Genovesi.
Além dos benefícios diretos dos exercícios, como alongamento muscular e melhora na postura, o lian gong estimula o paciente a adotar uma atitude mais ativa em relação à própria saúde, afirma o médico sanitarista e especialista em medicina chinesa Antônio Caldeira da Silva, que participa do programa em Suzano e está implantando um projeto semelhante em São José do Rio Preto (440 km a noroeste da capital).
"É uma ginástica simples: são 18 movimentos, um para cada segmento do corpo, realizados em cerca de 20 minutos, que preparam o organismo para o dia-a-dia", explica ele. Nas escolas de São José do Rio Preto, o lian gong tornou-se uma prática diária. "Ele muda radicalmente a percepção da criança sobre o corpo."
A Prefeitura de São Paulo também oferece lian gong em vários locais. Os interessados podem procurar as unidades municipais de saúde ou as subprefeituras.

Roncar é mais frequente entre os homens; estima-se que cerca de 40% dos adultos ronquem

Mãos sujas Em média, 30% das pessoas não lavam as mãos depois de usar os banheiros dos aeroportos internacionais, e isso pode ajudar a disseminar doenças infecciosas como a Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês). O hábito foi analisado pelo instituto americano Wirthlin Worldwide em seis cidades. O maior percentual de lavagem de mãos (96%) foi registrado em Toronto (Canadá), e os pesquisadores acreditam que isso se deve à campanha sobre a Sars.

Antes dos amigos A relação com o médico é considerada mais importante que os demais relacionamentos sociais, exceto os familiares. Esse ranking foi divulgado pela revista "British Medical Journal", a partir de pesquisa com mais de 3.000 pessoas em cinco países (EUA, Canadá, Reino Unido, África do Sul e Japão).

Olhar americano O jornalista americano e colunista da Folha Michael Kepp está lançando "Sonhando com Sotaque - Confissões e Desabafos de um Gringo Brasileiro" (244 págs., R$ 25, ed. Record, tel. 0800-7041720). Em crônicas bem-humoradas, muitas publicadas neste caderno, o autor mostra suas impressões sobre o Brasil, onde mora desde 1983.

Que ressaca! Médicos da Universidade de Missouri, em Columbia (EUA), criaram um método para avaliar a ressaca e constataram que o "dia seguinte" costuma ser pior para as mulheres, mesmo quando elas bebem menos que os homens. Entre os 1.230 universitários de ambos os sexos que participaram do estudo, o sintoma mais comum foi sede persistente.

Celular no hospital Após analisar os telefones celulares de 124 médicos e enfermeiros, pesquisadores do Centro Médico Universitário Soroka (Israel) constataram que 12% dos aparelhos estavam contaminados pela bactéria Acinetobacter baumannii, uma causa comum de infecção hospitalar. Por causa desse resultado, os celulares foram banidos do hospital.


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