São Paulo, quinta-feira, 25 de outubro de 2007
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remédios

sem receita médica

Riscos de automedicação incluem os remédios de venda livre; veja cuidados que devem ser tomados com medicamentos como antigripais, analgésicos, colírios e descongestionantes

Karime Xavier/Folha Imagem
A farmacêutica Renata Mazza Haimoff, 27, que tomava antialérgicos por conta própria e teve sonolência e palpitações


PRISCILA PASTRE-ROSSI
da reportagem local

Caminhar por uma farmácia grande, daquelas com muitas prateleiras ou gôndolas, tem o efeito de passear num shopping ou num supermercado: funciona como um convite para encher a cestinha com comprimidos para dor de cabeça, para indigestão, para descongestionar o nariz num desses dias secos ou para uma eventual irritação nos olhos.
A sacola sai recheada de remédios que, apesar de serem vendidos livremente, não são inofensivos. A automedicação é arriscada também com os produtos que não exigem receita médica. "Sabemos que 40% das intoxicações são resultado do uso incorreto de medicamentos -incluindo os de venda livre", alerta Raquel Rizzi Grecchi, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.
Segundo ela, o conselho está discutindo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a necessidade de esses remédios irem para junto daqueles que necessitam de receita médica -nas prateleiras atrás do balcão. "Há pessoas com restrição a componentes, remédios que dão reações se tomados com outros, substâncias que mascaram ou agravam doenças", diz, lembrando que a medida faria com que o consumidor tivesse a oportunidade de receber esse tipo de orientação dos farmacêuticos.
Na semana passada, nos Estados Unidos, um comitê da FDA (Food and Drug Administration), órgão do governo que regulamenta o mercado de medicamentos, sugeriu que remédios contra resfriados (antigripais) e contra tosse vendidos sem receita não funcionam em crianças abaixo de seis anos e deveriam ser submetidos a mais estudos.
Enquanto a eficácia é discutida, os efeitos adversos desses medicamentos já são conhecidos. Saiba, a seguir, quais são os principais cuidados que devem ser tomados com antigripais e outros remédios que não precisam de prescrição para serem levados para casa.


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