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Criança também tem
FLÁVIA MANTOVANI
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO
Crianças podem ter, sim, cardiopatias -que são, aliás, a
principal malformação congênita. O índice de problemas do
coração na infância varia de
cinco a oito casos para cada mil
nascidos vivos. Se forem consideradas as cardiopatias fetais,
chega a 20 para cada mil casos.
Os problemas congênitos se
dividem em dois grupos: cianogênicos e acianogênicos. Segundo Ieda Jatene, presidente
do Departamento de Cardiologia Pediátrica e Cardiopatias
Congênitas da Sociedade Brasileira de Cardiologia, os primeiros se manifestam pela cor arroxeada de lábios e extremidades. Já as cardiopatias acianogênicas se manifestam por cansaço nas mamadas, dificuldade
de ganho de peso e infecções
respiratórias de repetição.
Algumas cardiopatias infantis têm índice de mortalidade
muito elevado, mas há cirurgias
e outras intervenções para corrigir esses problemas.
Na maioria das vezes a criança passa a ter vida normal e é liberada para atividades físicas
não competitivas. Foi o que
aconteceu com Pedro Henrique Gruninger, 11, que foi operado de uma cardiopatia grave
aos seis dias e faz capoeira. "Ele
tem muito pique. Até brinco
que colocaram uma bomba extra no coração dele", diz a mãe,
a dentista Yane Gruninger, 40.
Crianças também podem ter
problemas cardíacos adquiridos, causados, por exemplo,
por vírus ou bactérias. E cada
vez mais têm desenvolvido fatores de risco para distúrbios
cardíacos que podem trazer
problemas já na adolescência.
"A gestação e os primeiros
dois anos de vida são essenciais
para modular a predisposição a
doenças cardíacas", diz Isabela
Giuliano, da Universidade Federal de Santa Catarina. Os cuidados principais: deixar a
criança ser bastante ativa e incentivar uma dieta saudável.
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