São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009
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Criança também tem

FLÁVIA MANTOVANI
EDITORA-ASSISTENTE DO EQUILÍBRIO

Crianças podem ter, sim, cardiopatias -que são, aliás, a principal malformação congênita. O índice de problemas do coração na infância varia de cinco a oito casos para cada mil nascidos vivos. Se forem consideradas as cardiopatias fetais, chega a 20 para cada mil casos.
Os problemas congênitos se dividem em dois grupos: cianogênicos e acianogênicos. Segundo Ieda Jatene, presidente do Departamento de Cardiologia Pediátrica e Cardiopatias Congênitas da Sociedade Brasileira de Cardiologia, os primeiros se manifestam pela cor arroxeada de lábios e extremidades. Já as cardiopatias acianogênicas se manifestam por cansaço nas mamadas, dificuldade de ganho de peso e infecções respiratórias de repetição.
Algumas cardiopatias infantis têm índice de mortalidade muito elevado, mas há cirurgias e outras intervenções para corrigir esses problemas.
Na maioria das vezes a criança passa a ter vida normal e é liberada para atividades físicas não competitivas. Foi o que aconteceu com Pedro Henrique Gruninger, 11, que foi operado de uma cardiopatia grave aos seis dias e faz capoeira. "Ele tem muito pique. Até brinco que colocaram uma bomba extra no coração dele", diz a mãe, a dentista Yane Gruninger, 40.
Crianças também podem ter problemas cardíacos adquiridos, causados, por exemplo, por vírus ou bactérias. E cada vez mais têm desenvolvido fatores de risco para distúrbios cardíacos que podem trazer problemas já na adolescência.
"A gestação e os primeiros dois anos de vida são essenciais para modular a predisposição a doenças cardíacas", diz Isabela Giuliano, da Universidade Federal de Santa Catarina. Os cuidados principais: deixar a criança ser bastante ativa e incentivar uma dieta saudável.


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