|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
poucas e boas
Estudo brasileiro indica benefícios da meditação
VINICIUS CARRASCO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A meditação pode trazer benefícios a pessoas
com insuficiência cardíaca e mais de 60 anos.
Essa é a constatação de um estudo feito pelo geriatra José Antônio Curiati, do Hospital das Clínicas
(HC), de São Paulo. Apresentada como tese de doutorado neste mês, a pesquisa foi realizada durante seis meses e envolveu 19 pacientes, com idade média de 76
anos, do Ambulatório de Insuficiência Cardíaca do HC.
Todos receberam tratamento baseado em remédios
que melhoram o funcionamento do coração.
Curiati, que pratica meditação há mais de 20 anos, dividiu os idosos em dois grupos. O chamado grupo-controle continuou apenas tomando a medicação. O outro,
com dez pacientes, submeteu-se a exercícios de meditação paralelamente ao tratamento com remédios. A meditação era feita duas vezes por dia, a partir das orientações gravadas pelo médico em uma fita cassete.
Sentadas e de olhos fechados, as pessoas começavam
por exercícios de respiração lenta e profunda, concentrando-se nas partes do corpo, da cabeça à bacia. Em seguida, mentalizavam uma palavra, como "paz", por
exemplo. No final, a concentração era direcionada para
o coração. "Pedia para eles visualizarem um coração
saudável e cheio de vida, imaginando que ele espalhava
o sangue por todo o corpo, batendo forte até se tornar
brilhante", explica o geriatra. Segundo ele, esse processo melhora a oxigenação do sangue, o funcionamento
do sistema nervoso e a frequência cardíaca.
Após 12 semanas, o médico avaliou todos os pacientes. "Registramos uma redução de 38% na taxa de noradrenalina -hormônio que aumenta em casos de insuficiência cardíaca- no grupo que fez meditação." Além
disso, os pacientes que meditaram tiveram uma melhora de 10% na função respiratória. "Nos outros, ocorreu
uma piora, não significativa, de 2% nessa função."
Curiati também aplicou um questionário sobre qualidade de vida. "No aspecto físico, os pacientes que meditaram melhoraram sua capacidade de realizar trabalhos
domésticos e de sair de casa. Do ponto de vista emocional, ficaram menos deprimidos e preocupados", diz.
Aproximadamente 80 milhões de brasileiros consomem produtos de beleza
Felicidade temporária
O casamento pode aumentar temporariamente a
sensação de felicidade dos cônjuges, indica estudo da Universidade Estadual de
Michigan (EUA) realizado na Alemanha com 24 mil pessoas. Contudo, depois de
dois anos de vida em comum, as pessoas tendem a retornar ao "patamar de felicidade" que apresentavam antes do casamento.
Trabalho e estresse
Pesquisadores das universidades Noroeste e Loyola,
de Chicago (EUA), descobriram que pessoas que trabalham mais de 60 horas por
semana tendem a ter menos estresse familiar do que aquelas que trabalham 60 horas semanais ou menos. Isso contradiz a tese de que "workaholics" trabalham demais porque não estão satisfeitos com sua vida pessoal e familiar.
Filhos e diabetes
Pais que se deparam com a notícia de
que os filhos têm diabetes encontram orientações em "Nosso Filho
com Diabetes" (44 págs., R$ 5), resultado de encontros feitos pelo
Grupo de Pais da Associação de Diabetes Juvenil. A entidade promove, no sábado (29/3), a palestra gratuita Cuidando dos seus Sentimentos. Inscrições e informações sobre o livro: tel. 0800-100627.
Influência matrimonial
Pessoas casadas com portadores de diabetes tipo
2 têm pelo menos duas vezes mais chance de desenvolver a doença que aquelas casadas com pessoas que não sofrem desse problema, indica estudo inglês publicado
na revista científica "Diabetes Care". O risco seria semelhante ao que correm as
pessoas com histórico familiar da doença.
Saúde para leigos
O hospital Sírio Libanês promove, todas às quartas-feiras,
a partir das 20h, palestras gratuitas sobre saúde. No dia 2/4, por exemplo, o médico Paulo Zogaib falará sobre a relação entre a prática de atividades físicas e a qualidade de vida. Mais informações podem ser obtidas pelo tel. 0/xx/11/3155-0245.
Texto Anterior: pergunte aqui Próximo Texto: foco nele: Pediatra critica uso excessivo de antibióticos Índice
|