São Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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Diabético não realiza rodízio de adoçante

A maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 não costuma ler o rótulo dos produtos light e diet que consome, não se preocupa com a quantidade ingerida nem conhece a importância de fazer um rodízio dos tipos de adoçante, revela uma pesquisa de mestrado realizada na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Esse procedimento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde para evitar o acúmulo de uma única substância química no organismo.
Segundo a nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, autora do estudo, depois de usar um edulcorante à base de sacarina, as pessoas devem optar, na próxima compra, por um de ciclamato de sódio ou de aspartame, por exemplo.
Para ela, o consumo excessivo de edulcorantes pode fazer mal à saúde -estudos com animais apontam riscos que vão de diarreia a câncer-, além de responder por gastos que, muitas vezes, podem pesar no bolso.
"Os diabéticos usam os edulcorantes como se eles fizessem parte do tratamento, mas não é bem assim. Esses produtos permitem variar mais os alimentos, o que ajuda na adesão [ao tratamento], mas não são obrigatórios e muitas vezes são responsáveis por gastos desnecessários", afirma ela.
O estudo chegou a outra conclusão alarmante: os diabéticos não sabem a diferença entre produtos diet e light.
Foram entrevistados 120 pacientes atendidos pelo SUS em Ribeirão Preto, com média de 63 anos de idade e diagnosticados há dez anos. Os idosos são os maiores consumidores de adoçantes. Por outro lado, não houve diferença significativa entre homens e mulheres com relação à ingestão de produtos diet e light.

ADOÇANTE
Pesquisa feita na USP mostra que pessoas com diabetes não costumam fazer rodízio de edulcorantes, como recomenda a Organização Mundial da Saúde


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