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São Paulo, quinta-feira, 27 de novembro de 2003
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Acupuntura
"Não poderia deixar passar em branco o lamentável engano que a Folha se permitiu na matéria sobre como as agulhas agem no corpo, segundo as duas medicinas (ed. de 6/11), em que o sr. Ruy Tanigawa, vice-presidente de uma associação de médicos acupunturistas, diz que não seria "seguro" o tratamento com profissionais não-médicos. A afirmação é inverídica e ilegal, visto que reiteradamente a Justiça brasileira já se manifestou a favor da prática multidisciplinar da acupuntura, como é feita em todos os países desenvolvidos do mundo, com exceção da França. Os Conselhos Federais de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Enfermagem, Biomedicina, Farmácia, Psicologia e Terapia Ocupacional já consideram a acupuntura uma especialidade, fato que essa "associação médica de acupuntura" já tentou reverter em ações judiciais, sempre perdendo. O que acontece é que os médicos, que consideravam "curandeirismo" a prática da acupuntura até 1995, agora querem apenas resguardar para si o "potencial mercadológico" que a acupuntura demonstrou ter. O que me espanta é que a Folha, com a sua vasta tradição de seriedade, com pluralidade de opiniões, sempre privilegie a visão médica quanto nesse assunto. Vale esclarecer, ainda, que hoje são ministrados cursos de especialização em acupuntura por todo o país, com diplomas aprovados pelos respectivos conselhos."
Tovar Nogueira Fonseca, cirurgião-dentista, mestre em odontologia, especialista em acupuntura , Juiz de Fora, MG

Resposta da Redação
O tema da reportagem em questão ("Acupuntura auxilia tratamento tradicional", de 6/11) foi o uso da acupuntura como tratamento complementar à medicina convencional, e não acupuntura em geral. A informação de que a técnica deve ser aplicada apenas por médico foi a opinião de entrevistados, e não a opinião do jornal. A reportagem falhou em não acrescentar a informação de que não existe no Brasil legislação que regulamente a especialidade. Ou seja, que a acupuntura pode ser aplicada por profissionais médicos ou não.


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