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"Fiquei perua. Até uso salto alto"
Depois de uma vida lutando contra a balança, a professora de informática
Magdalena Avena, 43, conta os louros que 42 kg a menos proporcionam: os
anéis cabem no dedo e dá
para usar salto alto, passar
na catraca do ônibus e se
sentar numa cadeira sem
medo de quebrá-la.
"Acho que a pior coisa
para o obeso é a sua baixa
auto-estima, que, muitas
vezes, é descontada na comida. Quando me vi magra, fiz coisas tolas que não
fazia, como pintar o cabelo
de loiro. Fiquei perua."
Avena deu entrada na sala de cirurgia há um ano e
meio, com 102 kg. Operada
com o método bypass, por
laparoscopia, que considera ser a técnica menos "sofrível", em dez dias já podia
ingerir sólidos. "Mas não
sentia fome. Tinha de me
lembrar de comer."
Para ela, o mais difícil de
todo o processo foi decidir
encarar a operação. "O que
é imprescindível fazer antes de optar pela cirurgia é
pesquisar muito sobre todas as técnicas, procurar
uma segunda e uma terceira opinião médica e, ainda,
conhecer pessoas que já
passaram pelo mesmo."
Mesmo diante dos "sacrifícios" que o pós-cirúrgico impõe, Avena conta,
feliz, que não há nada mais
agradável do que não ser
reconhecida. "Sou outra
pessoa. Tanto física quanto
psicologicamente. Apenas
quando falo que sou eu,
elas as pessoas recordam
da minha voz e dos meus
olhos. Não existe nada melhor do que isso."
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