São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 2002
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poucas e boas

Incontinência ganha novo tratamento

GABRIELA SCHEINBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Novos avanços no tratamento de incontinência urinária poderão beneficiar os aproximadamente 6 milhões de brasileiras que sofrem do problema. A forma mais comum desse quadro ocorre quando a urina escapa em decorrência de um esforço, como espirrar ou tossir. A incapacidade de segurar a urina é consequência da fraqueza dos músculos da região, explica o urologista Luis Rios, do hospital Albert Einstein (SP). "A flacidez dos músculos está associada ao parto, que requer um esforço muito grande desses músculos", diz. Por isso as mulheres são mais acometidas pela incontinência que os homens.
Nova técnica cirúrgica -apresentada neste mês durante congresso da Sociedade Ibero-Americana de Neurourologia e Uroginecologia- promete resolver o problema da incontinência. A paciente fica no hospital menos do que 24 horas. Por meio de pequenas incisões, uma guia metálica com pontas de plástico introduz uma fita feita de material poroso no abdômen. Ela é colocada entre os músculos, simulando os ligamentos que sustentam a musculatura da região. De forma semelhante à de uma tipóia, a fita mantém os órgãos da região pélvica (uretra, bexiga, vagina, útero e reto) no lugar, evitando a saída involuntária de urina.
Com o tempo, as células que formam os ligamentos se acumulam no local da fita, fazendo com que essas estruturas se formem novamente, explica Aparecida Pacetta, da clínica de ginecologia do Hospital das Clínicas (SP). "A rejeição da fita pelo corpo, um dos possíveis efeitos adversos, ocorreu em menos de 1% das pacientes", diz. A técnica está sendo realizada na Austrália e na Europa e deve estar disponível no Brasil em dois ou três meses.
A longo prazo, mais um tratamento estará disponível: um medicamento oral, chamado duloxetina, que, em em um ou dois anos, promete ser o primeiro remédio para tratar incontinência por esforço, segundo o urologista Irineu Rubinstein, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. A droga atua em uma substância no cérebro chamada serotonina, que relaxa a musculatura da bexiga (que, quando pressionada, libera a urina). "Esse será mais um avanço para tratar um problema terrível para as mulheres."

Estímulo na tela
Estudo feito na Grã-Bretanha, com 700 crianças de sete a 16 anos, indica que alguns jogos para computador, principalmente aqueles em que o jogador deve criar e gerenciar sociedades, estimulam o raciocínio estratégico e matemático e o desenvolvimento da linguagem. Entre os jogos analisados disponíveis no Brasil estão Age of Empires 2, Legoland, RollerCoaster Tycoon e The Sims.

Cigarro e leucemia
O risco de desenvolver um tipo específico de leucemia -a mielóide aguda- é 2,3 vezes maior entre fumantes. A conclusão é de uma pesquisa norte-americana, divulgada pela revista científica "American Journal of Epidemiology", que comparou os hábitos de 412 portadores da doença e de 412 pessoas sadias.

Sem crise
A editora Senac São Paulo (tel. 0/xx/11/3284-4322) está lançando "Asma" (68 págs., R$ 12), da série Informação é Saúde. Em forma de perguntas e respostas, o livro explica o que é a doença, o que desencadeia as crises e os principais tratamentos. Os autores são Simon Widman e Estela Ladner, e a consultoria médica é do professor de clínica geral da USP Milton de Arruda Martins.

Mais beijadas
O poder de sedução feminino pode ser aumentado com o uso de versões sintéticas de feromônio (hormônio secretado por animais para sinalizar que estão sexualmente disponíveis), sugere estudo feito na Universidade Estadual de San Francisco (EUA). As mulheres que usaram perfumes aditivados com essa substância receberam mais cantadas e foram mais beijadas que as demais.

Laranja para pressão
O suco de laranja pode ajudar a reduzir a pressão arterial, indica pesquisa feita na Clínica Cleveland (EUA). No estudo, 24 pessoas tomaram dois copos de suco por dia durante seis semanas e foi registrada redução média de 7% na pressão sistólica (máxima) e de 4,6% na diastólica (mínima).

Doenças coronarianas são responsáveis por aproximadamente 40% das mortes no Brasil



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