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Ingrediente
Rica em nutrientes, sardinha é subaproveitada
RACHEL BOTELHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Barata, abundante e
com alto valor nutricional, a sardinha reúne qualidades de sobra para integrar o cardápio do
dia-a-dia. Infelizmente, costuma ser alvo de preconceitos devido ao seu baixo custo e ao aroma forte e inconfundível, acredita a nutricionista e banqueteira Gislaine Oliveira. "É um
alimento que deveria ser mais
explorado", diz.
De acordo com o "Pequeno
Dicionário da Gula", de Márcia
Algranti (ed. Record), genericamente se dá o nome de sardinha aos peixes da grande família dos clupeídeos, embora outros, como as manjubas, enchovas e certos arenques, pertencentes a outras famílias, também sejam conhecidos popularmente como sardinhas.
Peixe de água salgada, de pequenas dimensões (possui de
10 cm a 20 cm de comprimento,
em média), que se alimenta de
plâncton (minúsculos crustáceos encontrados em águas superficiais) e forma grandes cardumes, a sardinha-verdadeira é
o recurso pesqueiro mais tradicional das regiões Sudeste e Sul
do Brasil. Ocorre ao longo da
costa e é pescada entre dez e
cem metros de profundidade,
segundo o Ibama.
Com sabor marcante, pode
ser consumida tanto fresca
-frita, grelhada ou assada-
quanto em conserva, no óleo ou
no molho de tomate, vendida
em latas a preços acessíveis.
Em Portugal, onde são muito
apreciadas, as sardinhas são temas de festivais e, na versão assada, integram o receituário
tradicional do país.
No Japão, são empregadas
secas e em forma de farinha para enriquecer alimentos como
caldos, sopas, legumes e outras
preparações. Isso porque são
riquíssimas em proteínas, em
fosfato e nas vitaminas A, B1 e
B2. "Além de rica em ômega 3,
tem muita proteína de alto valor biológico -aproveitada
quase integralmente pelo nosso organismo", afirma a nutricionista. Entre outros benefícios, o consumo de ômega 3
ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e favorece a diminuição do chamado "colesterol ruim" e o aumento do "colesterol bom".
Como ocorre com os peixes
de modo geral, a qualidade da
sardinha está diretamente ligada ao seu frescor. Na hora de
comprar, observe se sua consistência é firme, se os olhos estão
salientes e brilhantes, se as escamas estão bem fixas e se ela
possui um odor suave de maresia. Por se deteriorar rapidamente, prefira consumir a sardinha no próprio dia ou no dia
seguinte à compra.
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