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Política nacional novas caras

AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012 SERÃO O LABORATÓRIO PARA OS PARTIDOS TESTAREM NOVOS NOMES COMO CANDIDATOS

RICARDO BALTHAZAR
EDITOR DE “PODER”

Os brasileiros encontrarão uma multidão de rostos desconhecidos brigando pelo seu voto nas eleições de 2012, quando irão às urnas para escolher quem vai administrar os 5,5 mil municípios do país nos quatro anos seguintes.

Os prefeitos de algumas das maiores cidades brasileiras não poderão concorrer à reeleição desta vez, e sua ausência abre caminho para que os partidos lancem nomes novos como candidatos.

É o caso de São Paulo, onde a reprovação à gestão do prefeito Gilberto Kassab atingiu nível recorde. Os candidatos mais bem posicionados para a largada da corrida paulistana nunca disputaram um cargo executivo antes.

Testar caras novas será um dos principais objetivos dos políticos no próximo ano, mas não o único. Os maiores partidos também querem acumular forças para participar da sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2014.

PT e PMDB, que no ano passado se uniram para eleger Dilma e dar sustentação a seu governo no Congresso, estarão separados em várias capitais. Quem se sair bem agora terá como falar grosso quando chegar a hora de dar as cartas no jogo sucessório.

O PSDB,que saiu destroçado da última campanha presidencial mas ainda é a principal sigla da oposição, tentará ao menos preservar os territórios que controla. Mas os tucanos ainda não apresentaram candidato viável em várias cidades importantes, inclusive São Paulo.

Na cabeça dos eleitores, haverá outras preocupações. Os brasileiros estão cansados de lidar com as dificuldades impostas pela vida nas maiores cidades do país.

Além disso, temem que um solavanco na economia mundial ponha em risco o bem estar que alcançaram nos últimos anos.

É possível que o pessimismo com a economia contamine o humor do eleitorado e prejudique candidatos apoiados pelo governo. Mas eleições municipais tendem a ser dominadas por questões locais, e a economia teria que se deteriorar muito mais do que o previsto para produzir algum efeito na campanha.

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