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Motor econômico

SÃO PAULO PODE MAIS DO QUE DOBRAR NOS PRÓXIMOS TRINTA ANOS: MAS ANTES A CIDADE TEM QUE RESOLVER SEUS PROBLEMAS CRÔNICOS

DE SÃO PAULO

Uma condição paira sobre sobre São Paulo. Se a cidade conseguir melhorar a qualidade de vida que oferece a seus moradores, em 2040 cada paulistano ganhará mais do que o dobro do que ganha hoje, em média.

Com isso, a renda per capita será de R$ 93 mil. Esse impulso na economia será ancorado especialmente no crescimento de atividades criativas, ligadas à indústria do entretenimento, comunicação, lazer e turismo.

No entanto, caso os problemas de congestionamento, falta de área verdes e segurança persistam na vida dos paulistanos, a cidade não conseguirá acompanhar de perto o crescimento médio projetado para o país, de 3% a 3,5% ao ano.

A previsão é do Profuturo (Programa de Estudos do Futuro), da FIA (Fundação Instituto de Administração) da USP.

Mas o que tem a ver qualidade de vida com o crescimento da economia?

Como a população de São Paulo vai crescer pouco, o aumento da renda média do trabalhador que mora em São Paulo depende do aumento da produtividade de seu trabalho, ao gerar serviços com alto valor agregado.

Isso, além de produzir mais em setores como tecnologia, serviços de saúde, educação, lazer, entretenimento, diz o professor James Wright, do Profuturo.

Esses trabalhadores do futuro terão de ser cada vez mais qualificados. E gente qualificada é disputada.

"A competição entre cidades para hospedar bons empregos e pessoas talentosas é cada vez mais forte. Isso ocorre porque as empresas podem buscar lugares alternativos, e é mais fácil realocar uma operação de serviços do que uma operação industrial", afirma Wright.

Por isso, diz o professor, se São Paulo não corrigir seus desequilíbrios, vai ser tornar cada vez menos dinâmica e menos atrativa para empresas e mão de obra especializada, já que às vezes um bom salário não compensa a falta de qualidade de vida.

"Estaremos competindo com cidades como Rio, Buenos Aires, Bogotá, Miami e Cidade do Cabo", explica Wright.

(VANESSA CORREA)

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