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Defasagem na tabela prejudica contribuinte

Correção teria de ser de 64% para zerar perdas

DE SÃO PAULO

A correção da tabela do Imposto de Renda em 4,5% a partir de 2007 ajuda a reduzir a carga tributária sobre os trabalhadores, mas não corrige a defasagem durante pelo menos 15 anos.

Com a correção, todos os assalariados ganham, porque pagam um pouco menos. Na verdade, o "ganho" equivale a "perder menos".

Essa perda ocorre porque a correção aplicada à tabela (e sobre outros valores usados na declaração) não acompanha a inflação. Assim, a cada ano a perda fica maior.

Um estudo do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) mostra que, se fosse aplicada a inflação de 1996 até 2011 (pelo IPCA), a tabela atual teria de ser corrigida em 64,34%.

Segundo o Sindifisco, entre 1996 e 2001 a tabela do IR não teve reajuste. No período, a inflação foi de 45,68%. Em 2002, a tabela foi corrigida em 17,5%. No biênio 2003/4 também não houve reajustes -eles passaram a ser anuais apenas a partir de 2005. Naquele ano, a correção foi de 10% e, em 2006, de 8%.

Assim, em cinco anos a correção da tabela foi de 39,59%, superando a inflação de 28,2%. A partir de 2007 o reajuste é de 4,5%.

Nesse período de 16 anos, a inflação pelo IPCA foi de 173,56%, ante correção da tabela de 66,46%. Assim, seria preciso que a tabela atual fosse corrigida em 64,34% para zerar a inflação até o final do ano passado.

Trocando em números: o limite atual de isenção mensal, de R$ 1.637,11, teria de passar para R$ 2.573,94, segundo o Sindifisco. (MC)

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