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Taxas e burocracia ainda travam a troca de dívida

LUCCA ROSSI
DE SÃO PAULO

Alvo de discussão entre o governo federal e os bancos, a transferência da dívida (portabilidade de crédito) pode ser facilitada pelas instituições financeiras.

Os entraves impostos pelos bancos para a operação, regulamentada ainda no final de 2006, motivaram o governo a estudar seu aprimoramento -a ideia é fazer com que o cliente resolva tudo com a empresa para a qual deseja migrar sua dívida, a exemplo do que ocorre na telefonia. Hoje, a pessoa tem de ir até os dois bancos para fazer a negociação.

Para os financiamentos imobiliários, no entanto, os cálculos devem incluir ainda as taxas de cartório, custo extra que contribui para desestimular esse tipo de operação.

Além de observar as taxas a serem pagas, o cliente precisa levar em conta se vai pagar a dívida no período do contrato ou se vai fazer uma amortização extraordinária do saldo devedor, alertam economistas, pois isso mudaria todos os cálculos.

Em 2007, foram realizadas 13.033 operações de portabilidade de todos os tipos de dívida -financiamentos imobiliários e de veículos, por exemplo. Em 2010, o número saltou para 406.114.

De 2010 para 2011, no entanto, o total de operações diminuiu 6,6%, redução que se acentuou no primeiro quadrimestre deste ano, com queda de 15,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

CUSTO DE CARTÓRIOS

Para Francisco Toledo, vice-presidente da Arisp (Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo), a baixa procura não se deve às taxas de cartório.

"Não me parece que a questão do custo seja um obstáculo na maioria dos casos. Acredito que a aprovação de um formato ideal para a transferência permitirá que as operações tenham significativo crescimento", diz Toledo.

Uma das ideias dos registradores de imóveis é a aplicação de um dispositivo já previsto em lei que facilita a operação entre os bancos.

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