Índice geral Especial
Especial
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Construtora foi além do que podia, diz setor

DE SÃO PAULO

Escassez de mão de obra, problemas com fornecedores, atraso na obtenção de licenças. Nenhum problema foi maior do que o próprio apetite das construtoras em lançar mais projetos do que podiam dar conta.

Quem admite é o próprio setor da construção civil. "Todas as construtoras estão reconhecendo o problema e estão fazendo ajustes, com custos de projetos e prazos maiores e lucro menor. Acho que isso vai reduzir os problemas nos próximos anos", diz Eduardo Zaidan, vice-presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Segundo ele, a expansão do crédito para habitação tirou o Brasil do "sono" para uma "maratona". "Não é possível um organismo sair do sono para uma maratona sem desgaste", afirma Zaidan.

Para Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação do Secovi, o efeito do exagerado entusiasmo tem provocado enorme prejuízo na imagem do setor, inclusive com implicações econômicas.

Lançamentos novos dependem de fluxo constante de capital. Um comprador não paga mais de 30% do imóvel à construtora.

É nessa fase que o projeto deve ser repassado ao consumidor, que busca o financiamento. A construtora entrega e recebe os 70% restantes. Se a obra não é entregue, esse momento crucial para a construtora não acontece. É quando começam a surgir multas de todos os lados.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.