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Megametrópole

Imóvel econômico é foco em Sorocaba

Construtoras apostam em unidades de até R$ 130 mil, teto do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade

Operários de indústrias e estudantes são maior público; busca por qualidade de vida atrai paulistanos ao interior

REYNALDO TUROLLO JR.
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA

A chegada de indústrias, centros comerciais e universidades a Sorocaba, a 99 km de São Paulo, tem impulsionado o mercado imobiliário local.

Fábricas como a da Toyota e instituições como Unesp e UFSCar dão força à demanda por residências. O foco das construtoras é atender aos operários que chegam à cidade e buscam imóveis mais próximos à zona industrial.

Destacam-se unidades econômicas, que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida -cujo teto, em Sorocaba, é de R$ 130 mil.

De acordo com a Caixa, R$ 309,6 milhões foram destinados ao programa habitacional do governo na região de janeiro a maio deste ano -aumento de 173% ante o mesmo período de 2011.

Esse perfil de imóveis entra em foco após um período de ênfase, entre 2008 e 2009, em lançamentos de alto padrão, a partir de R$ 900 mil (em valores atuais), que foram as primeiras apostas de construtoras paulistanas que chegaram a Sorocaba.

O setor imobiliário deve continuar contando com o estímulo das indústrias nos próximos anos, segundo a prefeitura. Foram assinados 69 protocolos de intenções entre empresas e o poder público, que poderão criar 63 mil empregos diretos e indiretos.

"Por mês, ao menos cem pessoas de fora da cidade procuram a imobiliária para alugar ou comprar imóveis", diz Marcelo Matos, gerente da Emaximóvel.

Sorocaba está entre as cidades que tiveram o segundo maior percentual de crescimento populacional do país na última década -1,5% a 3% ao ano-, segundo o IBGE, chegando a 586,6 mil habitantes em 2010.

Ao mesmo tempo, o município ganha mais locais para a população crescente gastar. Sorocaba vai dobrar o número de shoppings até 2013, de acordo com a prefeitura -há cinco em construção.

QUALIDADE DE VIDA

Além da maior oferta de lazer, a segurança tem atraído novos moradores, como o metalúrgico paulistano Edilson Ferro, 42, que se mudou em 2008 para a casa que ergueu em lote de 250 m², no Ibiti Royal Park (zona norte), com mulher e dois filhos.

Para efeito de comparação, a taxa de roubos por 100 mil habitantes em Sorocaba em 2011 foi cerca de um terço da registrada na capital, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública.

Durante sete anos, Ferro viajou de ônibus fretado da Vila Formosa (zona leste de São Paulo) até Sorocaba para trabalhar -seis horas diárias de deslocamentos.

"Nunca teria em São Paulo uma casa do tamanho da que tenho aqui", diz. A valorização do imóvel em quatro anos, segundo ele, foi de 200%.

De 2008 até maio de 2012, foram lançadas mais de 8.700 unidades, entre apartamentos e casas, segundo estudo do Geoimovel, empresa de informações imobiliárias.

Nos lançamentos deste ano, o valor médio do metro quadrado dos imóveis de dois dormitórios, maioria em Sorocaba, é de R$ 2.581.

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